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Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,4 anos e supera índice anterior à pandemia, diz IBGE

Na comparação com 2022, esperança de vida ao nascer avançou 0,9 ano; também é a primeira vez que o índice supera o período anterior à covid-19, em 2019

População brasileira: pessoas atravessam rua em faixa de pedestres (Wilson Dias/ABr)

População brasileira: pessoas atravessam rua em faixa de pedestres (Wilson Dias/ABr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 11h34.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 12h39.

A expectativa de vida do brasileiro ao nascer subiu para 76,4 anos em 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 28. Esta é a primeira vez que a esperança de vida no Brasil supera o período anterior à pandemia da Covid-19. Em 2019, a expectativa era de 76,2 anos, mas caiu nas duas medições seguintes em decorrência das mortes causadas pela doença.

Em 2020, o brasileiro tinha a esperança de chegar aos 74,8 anos. Este índice reduziu, em 2021, para 72,8 anos. Em 2022, houve a retomada do crescimento quando a expectativa chegou aos 75,5 anos, mas esta é a primeira vez que o índice retoma à normalidade e supera a realidade pré-pandêmica. Na comparação com a última medição, o avanço é de 0,9 ano.

A esperança de vida ao nascer é determinada com base na taxa de mortalidade em todas as idades. Ao nascer, a estimativa é que um brasileiro viva, em média, até os 76,4 anos. No entanto, isso não quer dizer que, para quem chegou até os 70 anos, restam apenas cinco anos de vida.

De acordo com o IBGE, aqueles que alcançam essa idade têm uma expectativa de vida adicional de 15,1 anos. Colocando de outro modo, se um adulto conseguiu chegar aos 70 anos, suas chances de ultrapassar o patamar esperado ao nascer são maiores.

Este dado tem importância e relevância nacional por ser usado na hora de calcular o fator previdenciário nas aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

Mulheres vivem 6,6 anos a mais

Outro destaque é que as mulheres viveram 6,6 anos a mais que os homens em 2023. Entre elas, a esperança de vida ao nascer é de 79,7 anos. Para eles, é de apenas 73,1 anos.

A diferença de expectativa de vida entre gêneros é recorrente no Brasil e pode ser explicada pelos padrões de comportamento entre homens e mulheres. Enquanto mulheres procuram maior atendimento médico e cuidam mais da saúde, homens tendem a se expor a mais riscos, e são a maior parte das vítimas de violência a exemplo de acidentes e homicídios.

Em comparação com o ano passado, mulheres aumentaram sua expectativa em 0,7 ano (antes 79) e homens em 1,1 ano (antes 72).

Expectativa de vida por idade

Diante da mortalidade na pandemia, esta também é a primeira vez após o período que a esperança de vida ao nascer não cai ao longo das décadas em que os brasileiros atingem a terceira idade. Os índices são semelhantes ao de 2019, antes da covid-19.

Em 2020, primeiro ano da pandemia, foram computados 1,556 milhão de mortes no Brasil, chegando a 1,832 milhão de mortes em 2021.

O ano de 2021 marcou a menor expectativa de vida recente, com uma média geral de 72,8 anos. Naquela ocasião, a tabela era marcada pela diminuição de esperança ao longo das décadas.

Os dados divulgados hoje mostram que a expectativa do brasileiro aumenta conforme os anos. Aos 70 anos, por exemplo, a esperança é de que viva mais 15,1 anos, ultrapassando os 85. Para quem tem mais de oitenta, este índice é de 8,9 anos.

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