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Exército e Aeronáutica entram na guerra do Rio

O Exército vai garantir a proteção dos perímetros das áreas ocupadas por policiais; Aeronáutica vai enviar dois helicópteros

Policiais fazem patrulha  na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro (REUTERS)

Policiais fazem patrulha na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 06h59.

Rio de Janeiro - Depois de cinco dias de confrontos no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou 800 homens do Exército para a cidade além de mobilizar Aeronáutica e Polícia Federal. Ontem, em operação policial sem precedentes, já com apoio de blindados da Marinha, a polícia ocupou a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (zona norte do Rio), após 40 horas de intenso tiroteio.

“Não é humanamente possível que 99% das pessoas sejam molestadas por gente que está na marginalidade. Portanto, o Rio pode ficar 100% tranquilo que o governo dará ajuda”, disse Lula em Georgetown, capital da Guiana. Segundo ele, um pedido formal de auxílio para uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi feito anteontem pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

O Exército vai garantir a proteção dos perímetros das áreas ocupadas por policiais. Já a Aeronáutica vai enviar dois helicópteros. Ainda serão mandados mais dez blindados das Forças Armadas, além de equipamentos de comunicação e óculos de visão noturna. Pela primeira vez na história, homens da Polícia Federal, pelo menos 300, atuarão no Estado já a partir de hoje.

Pelo menos 35 pessoas já morreram no Rio desde domingo. O número não inclui os mortos de ontem na Vila Cruzeiro, quartel-general do Comando Vermelho - o total não foi revelado pelo governo. Ontem, os ataques continuaram e se espalharam pela cidade, atingindo até o Túnel Rebouças, que liga as zonas norte e sul. Nos cinco dias, pelo menos 61 veículos já foram incendiados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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