Soldados das Tropas Especiais do Exército Brasileiro: o simulador funciona desde novembro do ano passado e, em março deve entrar em uma nova fase. (Divulgação/Exército Brasileiro)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 16h19.
Brasília- O Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (Ccomgex) – em parceria com a Decatron, empresa integradora de soluções em tecnologia da informação – apresentaram hoje (22) o primeiro Simulador Nacional de Operações Cibernéticas (Simoc). O software dará mais dinamismo e qualidade aos treinamentos de militares em 2013 e está alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa.
Segundo o chefe do Ccomgex, general Santos Guerra o simulador é resultado de um ano de trabalho de uma equipe de 30 militares. “Procuramos competência, com pesquisas em universidades. [O Simoc] é o melhor, se comparado aos simuladores estrangeiros”. Para ele a resposta no mercado foi “mais satisfatória do que vimos em outros países”.
O simulador funciona desde novembro do ano passado e, em março deve entrar em uma nova fase. O software permite ensinar situações de ataque e defesa, porém não detecta ações. É um equipamento de treinamento. O software poderá ser adotado em faculdades e universidades de todo o país. “Estará disponível para a entidade que solicitar. O fato é que tem de se tomar cuidado com quem se treina. A pessoa [precisa] ter um perfil adequado, ser um hacker do bem”, disse o general.
Para o coordenador executivo do Decatron, Bruno Melo, o Simoc é um produto flexível que permite planejar e criar treinamentos variados. “Os militares poderão treinar em cenários reais, podendo criar qualquer cenário tanto de ataque quanto de defesa”. Os treinamentos contêm exercícios dos mais simples aos mais avançados. “É um simulador virtualmente ilimitado”.
O Exercito Brasileiro vai atuar em situações colocadas pelo Ministério da Defesa e pelo Governo. “A atuação na defesa cibernética se dará dentro das situações [postas] pelo Ministério da Defesa ou quando o governo determinar que [seja] constituída uma equipe para atuar na defesa”, disse o coronel Marcio Fava, do Ccomgex. Ele revelou que o Exército compôs uma equipe que atuou no ano passado na Rio+20 e que existe a possibilidade de atuar neste ano na Copa das Confederações.
Santos Guerra explicou que a defesa cibernética é um desafio enorme para a indústria brasileira. “Promove a tecnologia nacional e o crescimento da economia, gerando emprego e renda”.