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Executivos citam formação de cartel em Belo Monte e Jirau

Executivos da Camargo Corrêa firmaram acordo com a Operação Lava Jato e vão dar detalhes sobre irregularidades em obras do PAC, em especial do setor energético.


	Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte
 (Getty Images)

Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte (Getty Images)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 2 de março de 2015 às 10h03.

São Paulo – Executivos da Camargo Corrêa vão dar detalhes sobre irregularidades em obras de estatais do setor energético. Eles firmaram acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato na madrugada de sábado. As informações são do jornal Valor Econômico.

Segundo o jornal, alguns projetos que devem aparecer nos depoimentos integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado no governo Lula. Entre as obras que podem ter sido alvo de formação de cartel de empreiteiras estão as das usinas hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e Jirau, em Rondônia.

Ainda de acordo com a publicação, no ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou uma auditoria para investigar o repasse de 22,5 bilhões de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o consórcio Norte Energia SA, responsável pela construção de Belo Monte.

Além das obras em hidrelétricas, os executivos da empreiteira devem fornecer mais informações sobre contratos com a Petrobras. Firmaram acordo de delação premiada o diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e o vice-presidente da empresa, Eduardo Hermelino Leite.

A Camargo Corrêa afirmou ao Valor que não participou das negociações para o acordo firmado com os dois executivos e disse que continua “à disposição das autoridades”. 

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