Polícia Federal: Renato Duque foi um dos presos na Operação Lava Jato, da PF (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2014 às 19h55.
São Paulo - Os executivos da Toyo Setal, Julio Gerin Camargo e Augusto Mendonça de Ribeiro Neto, afirmaram em suas delações premiadas nos autos da Operação Lava Jato que o ex-diretor de Serviços e Engenharia Renato Duque - nome ligado ao PT na Petrobras - recebeu propina referente às obras das refinarias Repav (São José dos Campos), Repar (Paraná) e Replan (Paulínia, SP), no complexo petroquímico Comperj (RJ) e nos gasodutos Cabiúnas e Gasoduto Urucu Manaus.
"Os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobras, como na Repav, Cabiúnas, Comperj, Repar, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínia, a Renato Duque", informa o pedido de prisão.
Os dois executivos apontaram ainda o nome de um outro gerente da Petrobras. As afirmações feitas nas delações têm "detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas", informam os procuradores.
Eles narraram "todo o esquema de cartelização, lavagem e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, confirmando não só a participação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, mas das demais empreiteiras e ainda o envolvimento de Renato Duque, diretor de Serviços da Petrobras, e Fernando Soares, vulgo Fernando Baiano, outro operador encarregado de lavagem e distribuição de valores a agentes públicos".