Brasil

Exames descartam paralisia em adolescentes de Bertioga

Três adolescentes estão internadas desde que tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV


	 Profissional aplica vacina da HPV em uma paciente
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Profissional aplica vacina da HPV em uma paciente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 19h18.

Santos - Exames neurológicos descartaram o diagnóstico de paralisia nas três adolescentes internadas no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, que desde a última quinta-feira, 04, quando tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV, em uma escola estadual de Bertioga, na Baixada Santista, vêm se queixando de dores pelo corpo e dificuldades de locomoção.

Duas delas, de 12 anos, apresentam quadro estável, mas continuam internadas em observação, enquanto a mais velha, de 13, ainda reclama que não sente as pernas.

Por conta desse sintoma, os médicos pediram exame de líquor (líquido da espinha) para investigar melhor o caso. As três permaneciam internadas até ontem, sem previsão de alta.

A provável reação à vacina chamou a atenção de especialistas, que estão acompanhando de perto o caso das três meninas, das onze que se sentiram mal após a aplicação.

Todas foram encaminhadas ao Pronto-Socorro de Bertioga e, após avaliação, oito foram dispensadas.

As três que apresentavam maiores queixas foram levadas para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no final de semana e, posteriormente, encaminhadas para o Guilherme Álvaro, em Santos, onde permanecem até agora.

A diretora de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Helena Sato, já esteve em Santos para acompanhar a evolução das adolescentes e fazer o monitoramento do quadro clinico.

Ela informou que não houve qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga ou falhas com eventual armazenamento inadequado e nem erro na refrigeração e que, por isso, o caso continuará sendo investigado.

Helena Sato disse ainda que a aplicação da segunda dose da vacina contra o HPV vai continuar em todo o Estado de São Paulo, seguindo cronograma estabelecido pela Secretaria de Saúde, para proteger as meninas entre 11 e 13 anos, contra o câncer de colo de útero.

Hipótese

Para o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o quadro das adolescentes pode ser avaliado como uma síndrome de estresse pós-injeção, que pode ocorrer com outras vacinas e que o dano neurológico regride espontaneamente.

Ele destaca que um eventual problema de má conservação da vacina poderia acarretar uma baixa eficácia da imunização e não resultaria nas queixas manifestadas pelas meninas.

Acompanhe tudo sobre:DoençasDoenças sexualmente transmissíveisSaúdeSaúde no BrasilVacinas

Mais de Brasil

Governo transfere R$ 6,5 bilhões para fundo de reconstrução do Rio Grande do Sul

Defesa de Daniel Silveira alega que ida ao shopping não feriu cautelar, mas saída era proibida

Risco de desabamento suspende buscas na ponte entre Maranhão e Tocantins