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EXAME/IDEIA: aprovação de Bolsonaro volta a subir e chega a 39%

Após breve recuo, números de aprovação do presidente retornam ao patamar máximo de 2020. Extensão do auxílio emergencial contribuiu para alta popularidade

Presidente Jair Bolsonaro: entre os evangélicos, seis em cada dez aprovam a atuação do presidente (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

Presidente Jair Bolsonaro: entre os evangélicos, seis em cada dez aprovam a atuação do presidente (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 07h10.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 14h50.

Após uma leve queda registrada há duas semanas, a aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a subir e chegou a 39%. A desaprovação se manteve estável desde a última pesquisa, em 42%. A percepção positiva é a mais alta desde o começo de setembro, quando estava em 40%. Antes disso, esse patamar foi atingido somente em fevereiro de 2019, período muito anterior a pandemia de covid-19.

Os dados são da mais recente pesquisa exclusiva EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A cada quinze dias, EXAME/IDEIA traz pesquisas de opinião exclusivas com foco no cenário político.

O levantamento foi realizado com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias de 5 e 8 outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

(Arte/Exame)

A aprovação é maior nas regiões Norte (57%) e Centro-Oeste (53%), considerando os que aprovam totalmente e aqueles que aprovam parcialmente a atuação do presidente. Já o Nordeste é a região com mais alta desaprovação, 48%. Para os brasileiros somente com o ensino fundamental, 46% aprovam a maneira de Bolsonaro governar. Entre os que têm o ensino superior, a desaprovação total e parcial soma 44%.

Levando em conta a religião, os evangélicos são os que mais aprovam (62%) o governo do presidente. Entre os católicos esse percuntual é de 38%. Para quem tem outra religião ou declara não ter uma, a desaprovação chega a 62% e 64%, respectivamente.

Outra abordagem da pesquisa trata da avaliação do governo (gráfico abaixo). E assim como a aprovação, os dados mostram que o país está dividido. Do total de entrevistados, 37% consideram a gestão ruim ou péssima, e 36% boa ou ótima.

(Arte/Exame)

Auxílio emergencial

Na avaliação de Maurício Moura, fundador do IDEIA, o auxílio emergencial influenciou no sentido positivo da pesquisa. “O cenário mudou muito e agora há uma divisão clara entre os que aprovam e os que desaprovam o governo. Isso tem muita influência do auxílio emergencial que o governo vai pagar até o fim do ano”, diz Moura.

Nesta semana, circulou a informação de que o governo estava pensando em prorrogar o benefício até meados de 2021. Em poucas horas, o ministro da Economia, Paulo Guedes negou a prorrogação do auxílio ou do estado de calamidade para além de dezembro deste ano.

Bolsonaro reeleito em 2022

A pesquisa Exame/IDEIA ainda sondou os eleitores sobre a eleição presidencial de 2022. Em um eventual primeiro turno, Bolsonaro tem 30% das intenções de voto, contra 18% de Luiz Inácio Lula da Silva e 10% do ex-ministro Sergio Moro. Na sondagem ainda aparecem Ciro Gomes, com 9%, Luciano Huck, com 5%, e João Doria, com 4%.

No caso de uma disputa de segundo turno, Moro seria o candidato com mais chances de enfrentar Bolsonaro. O ex-ministro aparece com 35% das intenções de voto, e o presidente com 41%. Já contra Lula, Bolsonaro receberia 43% das preferências, diante de 33% do candidato do PT. Contra o governador de São Paulo, o presidente tem uma vantagem maior, com 42% das intenções de voto, e Doria com 21%

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