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Ex-vice-governador do DF permanece preso em Brasília

O empresário e ex-vice-governador do DF Paulo Octavio é suspeito de participação em um esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás


	Brasília, Distrito Federal: Paulo Octavio (PP) teve o pedido de prisão preventiva decretado ontem
 (Zel Nunes/Creative Commons)

Brasília, Distrito Federal: Paulo Octavio (PP) teve o pedido de prisão preventiva decretado ontem (Zel Nunes/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 10h58.

Brasília - Suspeito de participação em um esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás, investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF) na Operação Átrio, o empresário e ex-vice-governador do DF Paulo Octavio (PP) teve o pedido de prisão preventiva decretado ontem (2).

Ele foi preso à noite, quando deixava o escritório, localizado no centro de Brasília.

De acordo com o advogado Marcelo Turbay Freiria, que defende Paulo Octavio, como o político tem direito a prisão especial por ser advogado, ele foi levado para o primeiro Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.

Inicialmente, o ex-vice-governador foi conduzido para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco).

Para Freiria, o pedido de prisão é “esdrúxulo” e foi expedido sem os motivos que o justificaram.

“Ainda ontem, protocolamos um habeas corpus no plantão judicial, questionando a decretação da prisão e a forma. O que chamou a atenção foi que o pedido de prisão veio desacompanhado da decisão de decretação de prisão. Isso inviabiliza a defesa na tentativa de impugnar, com um habeas corpus, a prisão. Isso seria uma forma de tentar cercear o direito de defesa e dificultar o trabalho dos advogados”, disse o Freiria à Agência Brasil.

Deflagrada em novembro do ano passado, a Operação Átrio desvendou um esquema de pagamento de propina para a liberação de alvarás. Na ocasião, a Justiça autorizou a prisão temporária dos administradores das regiões administrativas do DF de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, e de Taguatinga, Carlos Alberto Jales.

Paulo Octavio, segundo a Polícia Civil, teria pago propina para conseguir liberar alvarás para seus empreendimentos.

O advogado do ex-vice-governador, no entanto, disse que Paulo Octavio sempre colaborou com as investigações e não haveria motivo para a prisão.

“Essa prisão é despropositada. O inquérito transcorreu com tranqüilidade, o Paulo Octavio esteve à disposição do Ministério Público, da Justiça e vem a prisão agora. A defesa está segura de que a prisão é despropositada e irrazoável”.

Além de suspeito de participação no esquema investigado pela Operação Átrio, Paulo Octavio é réu no processo relativo ao chamado mensalão do DEM, que levou à prisão o ex-governador José Roberto Arruda.

O esquema consistia no pagamento de mesada a distritais da base aliada durante o governo de José Roberto Arruda.

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