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Ex-presidente do PSDB diz que votará em Haddad contra "direita raivosa"

Para Goldman, Bolsonaro "passou dos limites aceitáveis no ultimo domingo, com discurso que nos traz de volta os momentos mais dramáticos da nossa história"

Alberto Goldman: "Nunca pensei que um dia poderia votar neles. Agora, me sinto diante dessa dificuldade, porque do outro lado está a direita raivosa", afirmou (Mário Rodrigues/Veja São Paulo/Reprodução)

Alberto Goldman: "Nunca pensei que um dia poderia votar neles. Agora, me sinto diante dessa dificuldade, porque do outro lado está a direita raivosa", afirmou (Mário Rodrigues/Veja São Paulo/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 16h37.

Última atualização em 24 de outubro de 2018 às 16h53.

São Paulo - Uma das vozes mais críticas ao PT dentro do PSDB, o ex-presidente da sigla Alberto Goldman anunciou nesta quarta-feira, 24, em um vídeo postado em seu perfil no Facebook, que votará em Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo o tucano, a decisão se dá porque Jair Bolsonaro (PSL) "passou dos limites aceitáveis no ultimo domingo, com um discurso que nos traz de volta os momentos mais dramáticos da nossa história".

"Acho que ninguém duvida da minha história política. Minhas posições foram muito fortemente antipetistas", disse o ex-governador de São Paulo, para quem as conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foram conseguidas apesar da constante sabotagem do PT. "Nunca pensei que um dia poderia votar neles. Agora, me sinto diante dessa dificuldade, porque do outro lado está esta direita raivosa. Cheguei à conclusão que não estou disposto a pagar para ver e vou, contra a minha vontade, acabar votando em Haddad."

Goldman fez referência às declarações dadas por Bolsonaro no último domingo, nas quais ele promete fazer uma "faxina" e banir os "vermelhos" do Brasil e obrigar aqueles que não concordam com ele a deixar o Brasil ou ir "para a cadeia". As declarações foram feitas por transmissão de vídeo e exibida a apoiadores do candidato na Avenida Paulista.

Após o primeiro turno, o diretório municipal do partido, presidido pelo vereador João Jorge, decidiu expulsá-lo por supostamente ter feito campanha a favor de Paulo Skaf (MDB) e contra João Doria (PSDB), seu desafeto, no primeiro turno da eleição para o governo do Estado.

A executiva nacional, no entanto, divulgou nota declarando que a decisão era inócua porque o ex-governador ocupa o cargo de secretário de Relações Internacionais do PSDB nacional.

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