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Ex-presidente da Andrade Gutierrez recebe pena de 18 anos

Mas ele foi beneficiado com o regime domiciliar por ter firmado acordo de colaboração premiada


	Otávio Marques de Azevedo: o cumprimento da pena será no regime fechado domiciliar com monitoramento eletrônico por um ano
 (REUTERS/Francio de Holanda)

Otávio Marques de Azevedo: o cumprimento da pena será no regime fechado domiciliar com monitoramento eletrônico por um ano (REUTERS/Francio de Holanda)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 21h24.

Rio de Janeiro - O ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a 18 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa devido ao envolvimento no esquema investigado pela operação Lava Jato.

Mas ele foi beneficiado com o regime domiciliar por ter firmado acordo de colaboração premiada.

O executivo foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes relacionados a contratos da usina de Angra 3 investigados pela operação Radioatividade, desmembramento da Lava Jato, ao lado do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, que também já foi condenado pela Justiça Federal, assim como outros executivos.

Ao responder a embargos de declaração apresentados pela defesa de condenados, o juiz federal do Rio Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, ampliou uma condenação inicial de 7 anos e 4 meses contra o executivo para 18 anos.

O cumprimento da pena será no regime fechado domiciliar com monitoramento eletrônico por um ano, progredindo na sequência para o regime semiaberto, uma vez que Azevedo "cumpriu todas condicionantes" do acordo de delação premiada, sendo por isso merecedor dos benefícios acertados na colaboração, disse o magistrado na sentença.

Também foi condenado o ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia Flávio David Barra, que recebeu pena de 15 anos de prisão, também em regime domiciliar devido ao acordo de delação premiada firmado com as autoridades.

As investigações da Lava Jato envolvendo a Eletronuclear, uma subsidiária da Eletrobras, começaram no Paraná como parte dos inquéritos sobre o esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato, mas foram transferidas para o Rio de Janeiro por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, foi formado um cartel nas licitações de serviços de montagem da usina com envolvimento das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, que pago propinas.

Procuradas, a assessoria de Otávio Marques de Azevedo e a empreiteira Andrade Gutierrez disseram que não vão se posicionar sobre a questão.

Texto atualizado às 21h24

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