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Ex-líderes europeus pedem que Lula possa concorrer às eleições no Brasil

No texto, os seis ex-líderes europeus afirmaram que a prião de Lula foi precipitada e pedem que ele seja candidato nas eleições deste ano

Lula: os ex-líderes consideram também uma séria preocupação com o impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Lula: os ex-líderes consideram também uma séria preocupação com o impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 15 de maio de 2018 às 14h54.

Paris - Seis ex-chefes de Estado e de Governo europeus, entre eles o espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o francês François Hollande, ambos socialistas, pediram nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril, possa concorrer às eleições presidenciais no Brasil.

No texto, ao qual a Agência Efe teve acesso exclusivo, Zapatero, Hollande, os italianos Massimo D'Alema, Romano Prodi e Enrico Letta e o belga Elio di Rupo disseram que "a luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes".

"A prisão precipitada do presidente Lula, incansável artífice da diminuição das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres, só pode suscitar nossa comoção", disseram os seis ex-líderes.

Os ex-líderes consideram também uma "séria preocupação" o impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff, "democraticamente escolhida pelo seu povo e cuja integridade jamais foi posta em interdição".

Perante essa situação, apelaram "solenemente para que o presidente Lula possa concorrer livremente perante o sufrágio do povo brasileiro ".

O manifesto, sob o título "Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula", foi organizado por Jean-Pierre Bel, que foi o enviado pessoal de Hollande para a América Latina (2015-2017) e presidente do Senado francês (2011-2014).

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