Ditadura militar no Brasil: Ele foi um dos 15 guerrilheiros que a ditadura militar soltou em troca da libertação do embaixador americano Charles Burke Elbrick (Mondadori/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de outubro de 2017 às 09h30.
São Paulo - Ex-deputado e militante Ricardo Zarattini morreu neste domingo aos 82 anos em São Paulo. Ele foi um dos 15 guerrilheiros que a ditadura militar soltou em troca da libertação do embaixador americano Charles Burke Elbrick.
Ricardo Zarattini deixa dois filhos: o deputado Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, e a fotógrafa Mônica Zarattini.
De acordo com Carlos, seu pai teve uma piora de saúde muito grande de um ano para cá, mas continuou tratando de temas políticos durante todo esse tempo. "Só perdeu a condição de lucidez há cerca de uma semana, [até lá] sempre discutiu muito, debateu muito", afirmou o filho.
"É uma perda muito grande, não só para a família, mas para o Brasil e para a esquerda em geral. Ele lutou por ideias de um país mais justo e mais livre", acrescentou.
Zarattini atuou na campanha O Petróleo é Nosso, ainda como dirigente estudantil. Chegou a ser dirigente do Partido Comunista Brasileiro e do MR-8. Foi preso durante a ditadura e, banido, viveu no Chile em Cuba.
Filiou-se ao PT na década de 80 e foi assessor da Casa Civil quando José Dirceu chefiava a pasta. Também foi deputado federal durante o primeiro governo Lula.
O velório será no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, da meia-noite até as 16 horas desta segunda-feira (16).