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Ex-deputado Domingos Brazão pede adiamento de depoimento sobre Marielle

Polícia quer saber qual a relação de Brazão com principal testemunha - um policial militar que acusa um miliciano e Marcelo Siciliano de tramar assassinato

Marielle Franco: suplente de Siciliano disse que nunca tinha ouvido falar da vereadora até seu assassinato (Jose Cabezas/Reuters)

Marielle Franco: suplente de Siciliano disse que nunca tinha ouvido falar da vereadora até seu assassinato (Jose Cabezas/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2018 às 18h50.

O ex-deputado estadual e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, convocado para depor à Delegacia de Homicídios do Rio no inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, pediu para remarcar seu depoimento, inicialmente previsto para esta quinta-feira, 14. Até as 17h não havia sido divulgada a nova data da oitiva.

A Polícia Civil quer saber qual a relação de Brazão com a principal testemunha do crime - um policial militar que acusa o miliciano Orlando Oliveira de Araujo, preso desde 27 de outubro de 2017, e o vereador Marcelo Siciliano (PHS) de tramar a morte da vereadora.

Brazão e Siciliano são adversários políticos, e os investigadores tentam descobrir se a acusação não foi uma forma de envolver Siciliano no crime.

Quem depôs na tarde desta quinta-feira foi o suplente de Siciliano, Marcelo Piuí. Ao chegar à delegacia, ele afirmou que nunca tinha ouvido falar em Marielle até o crime e não saber por qual razão foi convocado para depor nesse caso.

Piuí afirmou também que mantém relação "cordial" com Siciliano e que conhece Brazão, mas mantém apenas "relação política" com ele. "Todos os políticos se conhecem, quem não conhece ele (Brazão) em Jacarepaguá (bairro da zona oeste do Rio)? Só tenho relação política com ele, apenas isso", afirmou.

O depoimento do suplente de vereador não havia sido concluído até as 17h.

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