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Ex-assessor de Edinho Silva recebeu dinheiro de gráfica

De acordo com a perícia realizada pelos técnicos do TSE, a Dialógica Comunicação e Marketing, que pertence a Keffin Gracher, ganhou mais de R$ 760 mil da VTPB


	Edinho Silva: de acordo com a perícia realizada pelos técnicos do TSE, a Dialógica Comunicação e Marketing, que pertence a Keffin Gracher, ganhou mais de R$ 760 mil da VTPB
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Edinho Silva: de acordo com a perícia realizada pelos técnicos do TSE, a Dialógica Comunicação e Marketing, que pertence a Keffin Gracher, ganhou mais de R$ 760 mil da VTPB (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 21h40.

Brasília - A VTPB, uma das gráficas que prestaram serviços para a campanha da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014, subcontratou a empresa de um ex-assessor de Edinho Silva, que foi tesoureiro das contas da petista e ministro da Secretaria de Comunicação Social.

De acordo com a perícia realizada pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Dialógica Comunicação e Marketing, que pertence a Keffin Gracher, ganhou mais de R$ 760 mil da VTPB.

Após a eleição de 2014, Gracher se tornou assessor de Edinho na Secom. Ele também trabalhou na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Segundo o laudo da perícia, foram feitos cinco repasses para a Dialógica, que variavam de R$ 100 mil a R$ 275 mil. A empresa de Gracher teria prestado serviços digitais e criado materiais gráficos e publicitários para a campanha à reeleição de Dilma.

Nesta segunda-feira, 22, o TSE concluiu a perícia realizada nas gráficas que prestaram serviço para a campanha de Dilma. O laudo aponta uma série de irregularidades e afirma não ser possível afastar a possibilidade de "desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha".

No caso da Gráfica VTPB, os peritos concluíram que a empresa não conseguiu comprovar todo o seu faturamento, que ultrapassou os R$ 26 milhões em 2014, a maioria da campanha de Dilma. Os peritos afirmam, porém, que pelos documentos apresentados foi possível constatar apenas 21,5% das suas receitas naquele ano.

Gracher não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem. Por meio de sua assessoria, o ex-ministro disse que não iria comentar o caso. Em nota, o advogado da campanha de Dilma, Flavio Caetano, negou irregularidades durante as eleições.

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