Marina e Dilma: "coração" da eleição é classe C e eleitores de cidades médias, diz cientista político (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2014 às 16h10.
Ribeirão Preto - O cientista político e chefe de pesquisa sobre mercados emergentes do Eurasia Group, Christopher Garman, traçou, nesta sexta-feira, 5, um cenário de extremo equilíbrio na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) na eleição presidencial.
Segundo ele, a probabilidade de vitória é de meio a meio entre Dilma e Marina, com um ligeiro favoritismo para a reeleição da presidente Dilma.
"A probabilidade é ligeira de vitória apertadíssima de Dilma", disse, em teleconferência da GO Associados.
Garman alertou, no entanto, que, se as pesquisas apontarem Marina com uma vantagem maior que 5 pontos sobre Dilma no segundo turno, ao término do primeiro turno, o favoritismo passa a ser da candidata do PSB.
"Se a presidente (Dilma) não diminuir a desvantagem, hoje de 7 pontos para Marina, para 5 pontos pelo menos, Marina entra no segundo turno com chance maior de vitória", disse.
"A presidente precisa entrar no segundo turno com empate técnico."
Para o cientista político, a campanha de Aécio Neves (PSDB) "está em grandes dificuldades e naufragando".
Garman considerou ainda que o "coração" desta eleição é a classe C e eleitores de cidades médias.
"Os eleitores da classe C são os que ganharam no governo Lula e que não estão muito satisfeitos. Já nas cidades médias é onde há uma queda de aprovação de Marina."
Garman atribuiu a subida rápida de Marina nas pesquisas ao "desejo de mudança difuso" da população e avaliou que agora é o momento de conhecer a candidata.
Segundo ele o desempenho considerado de Marina nas entrevistas após a assumir a candidatura foi bom e a probabilidade de desmanche de intenções de votos da candidata do PSB é baixa.