Vacina da Pfizer: nova versão é indicada para maiores de 12 anos. (Geovanna Albuquerque/Agência Saúde DF/Agência Brasil)
Da redação, com agências
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 17h38.
Última atualização em 31 de agosto de 2022 às 17h39.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram nesta quarta-feira, 31, as novas versões das vacinas contra a covid-19 dos laboratórios Pfizer e Moderna. O imunizante é do tipo bivalente, ou seja, age contra duas cepas do vírus. É constituído de uma mistura da cepa original e da variante Ômicron.
As duas vacinas atualizadas foram autorizadas para uma dose de reforço, a partir de 12 anos para a Pfizer e dos 18 para a Moderna, informou a agência reguladora de medicamentos americana, a FDA, em comunicado.
Os imunizantes ainda não foram recomendados pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a principal agência de saúde pública do país.
Os CDC convocaram um comitê de especialistas independentes para discutir o tema nesta quinta-feira. Após essas consultas, caberá à diretora da agência, Rochelle Walensky, dar a autorização definitiva aos imunizantes. As novas versões dos fármacos podem estar disponíveis no país na próxima semana.
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As vacinas que circulam atualmente foram concebidas para proteger contra a cepa inicial do vírus, que foi reportado pela primeira vez no fim de 2019 em Wuhan, na China.
Contudo, com o passar do tempo os imunizantes perderam eficácia diante das variantes que foram surgindo, devido à rápida evolução do vírus.
Ao contrário das variantes Alfa e Delta, que sucumbiram, a Ômicron e suas subvariantes passaram a dominar gradualmente os contágios em 2022 em todo o mundo.
Os laboratórios Pfizer e Moderna também apresentaram um pedido de autorização para as versões atualizadas de suas vacinas à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).
As vacinas de reforço podem ser aplicadas dois meses depois da aplicação de uma dose anterior (de reforço, ou do ciclo vacinal inicial). A dose é de 30 microgramas no caso da Pfizer, e de 50 microgramas no caso da Moderna.
"A esperança é 'restaurar' um nível de imunidade similar ao que as vacinas davam quando foram introduzidas, e proporcionar uma 'maior duração da proteção' para que os reforços não precisem se repetir com muita frequência", explicou Peter Marks, da FDA.
Perguntado sobre incluir a população jovem nesta campanha de reforço, Marks destacou que estas vacinas poderiam ajudar a proteger contra a chamada "covid longa", que afeta indivíduos de todas as idades.
A farmacêutica Pfizer protocolou, no dia 19 de agosto, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido de uso emergencial de uma nova vacina contra a covid-19 adaptada à variante Ômicron. A Moderna não tem contrato com o governo brasileiro ou com o mercado privado e, por isso, não tem registro no Brasil.
O protocolo feito prevê o uso como dose de reforço para a população acima de 12 anos de idade. Antes de fazer o pedido, a empresa se reuniu de forma prévia com áreas da Anvisa relacionadas ao tema para apresentação do novo imunizante contra o coronavírus.
A Anvisa tem um prazo de até 30 dias para concluir a avaliação, ou seja, até meados de setembro. Este tempo pode ser interrompido sempre que for necessária a solicitação à empresa de complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados. Normalmente, se não precisar de mais dados, a liberação é feita em um tempo menor do que este.
Ainda segundo a Pfizer, a chegada dessa nova vacina ao Brasil depende da análise regulatória e de definições do Ministério da Saúde. "O contrato atualmente vigente de fornecimento de vacinas da Pfizer ao Brasil inclui a entrega de potenciais vacinas adaptadas e/ou para diferentes faixas etárias", informou a Pfizer.
Com AFP
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