Marina Silva: "temos plena convicção que os brasileiros não vão transformar essa eleição em plebiscito", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 14h25.
São Paulo - Questionada sobre sua queda recente nas pesquisas eleitorais, que indicaram até a possibilidade de Aécio Neves (PSDB) disputar uma vaga no segundo turno, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) não respondeu diretamente e repetiu ter convicção de que chegará ao segundo turno. "A sociedade brasileira e eu já estamos no segundo turno", disse a candidata nesta quarta-feira, 1º, em coletiva.
"Temos plena convicção que os brasileiros não vão transformar essa eleição em plebiscito", disse, recorrendo ao seu discurso de vontade de mudança do eleitorado e tendência a quebrar a polarização tradicional entre PT e PSDB.
Marina também voltou a criticar a falta de programa dos adversários - Dilma não vai apresentar programa e Aécio está divulgando seu programa de governo, de forma fatiada nas redes sociais, nessa última semana antes do primeiro turno.
A candidata do PSB disse seguir "firme" em suas propostas colocadas no programa - divulgado no fim de agosto - e citou o passe livre e o compromisso de destinar 10% da arrecadação bruta da União para a saúde.
Ataque cibernético
Marina comentou a investigação preliminar feita por sua equipe de campanha a um ataque que deixou seu site fora do ar por cerca de cinco horas no dia 12 de setembro.
"Não queremos fazer nenhum tipo de prejulgamento, queremos esclarecer a motivação e quem estava envolvido", disse Marina ao pontuar que esse tipo de ação, que envolveu mais de mil computadores, tem um custo e exige uma organização.
Ontem, a campanha divulgou através do coordenador Walter Feldman que a investigação preliminar apontou que ataques partiram de computadores de ao menos três instituições públicas: Petrobras, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e prefeitura de Ivoti (RS) - comandada pelo PSDB. A campanha disse que iria encaminhar na noite de ontem uma representação para o Tribunal SUperior Eleitoral (TSE) pedindo investigação do caso.