Na avaliação do diretor do DCE, Pedro Serrano, a tentativa de conciliação fracassou pela falta de abertura da USP (Marcelo Camargo / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 19h01.
São Paulo - A Avenida Paulista, no sentido Paraíso, teve todas as suas faixas interditadas nesta quarta-feira, 09, por um grupo de aproximadamente 300 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os manifestantes se reuniram a partir das 16 horas no vão livre do Masp e pretendem seguir até a Assembleia Legislativa de São Paulo, pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
A Justiça negou nesta quarta-feira, 09, o pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupada por estudantes há oito dias. Após o fracasso da audiência de conciliação entre representantes da USP e dos alunos na terça-feira, 08, o juiz Adriano Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública da capital, reprovou a possibilidade de usar força policial para retirar os alunos. A universidade deve recorrer da decisão.
De acordo com o magistrado, o Judiciário não pode absorver conflitos negados pela postura antidemocrática de outros poderes, "sem o risco de ele próprio praticar o mesmo autoritarismo (repressão)". Laroca ainda argumentou que a retirada de alunos pela Tropa de Choque traria mais danos à imagem da universidade do que a paralisação parcial da instituição por causa do protesto.
Nesta quarta-feira, os estudantes fazem um protesto na Avenida Paulista a favor de mais democratização nas eleições da USP. Alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) organizaram caravana para reforçar a manifestação, que seguirá até a Assembleia Legislativa. A reitoria da Unicamp também está ocupada por alunos, que são contra a presença da Polícia Militar no campus.