Brasil

Estudantes da UFPR devem se reunir para avaliar desocupação

Na última terça-feira (17), a administração da UFPR ameaçou responsabilizar individualmente os alunos por prejuízos causados pelo movimento

Sala de aula: a Reitoria da UFPR afirma acreditar que a desocupação aconteça até amanhã (Stock.Xchange)

Sala de aula: a Reitoria da UFPR afirma acreditar que a desocupação aconteça até amanhã (Stock.Xchange)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 16h49.

Curitiba – Os estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizam na manhã de amanhã (20) uma assembleia geral para avaliar a possibilidade de desocupar o edifício da reitoria da instituição. Um grupo de alunos ocupa o prédio há mais de duas semanas.

Na última terça-feira (17), a administração da UFPR ameaçou responsabilizar individualmente os alunos por prejuízos causados pelo movimento, caso não deixassem o local.

Após uma reunião realizada na manhã de hoje (19) com a Reitoria da UFPR, os estudantes afirmaram que o fim da ocupação está condicionado a algumas exigências, entre elas, que não haja punições ao grupo, nem de ordem acadêmica nem judicial. "Ontem fomos ameaçados de expulsão por meio de uma reportagem de TV. Não vamos aceitar nenhum tipo de retaliação", afirmou à Agência Brasil a aluna de medicina Ana Paula Cigerza.

Os alunos também exigem que uma reunião de negociação ocorra na tarde de amanhã. "Estamos sofrendo pressão e até agora não houve diálogo, não houve avanço nenhum", afirma Marcieleh Lemos, que cursa geografia.

A universidade alega que a ocupação põe em risco o pagamento de salários aos servidores e de bolsas aos alunos, além de comprometer a aquisição de alimentos e remédios para a maternidade administrada pela instituição. Os alunos negam que o movimento comprometa esses serviços.

Por meio de nota publicada em sua página na internet, a Reitoria da UFPR afirma acreditar que a desocupação aconteça até amanhã, mas não descarta punições por eventuais danos ao patrimônio.

A reportagem da Agência Brasil apurou que, ao conceder entrevistas à imprensa, os integrantes da ocupação não têm fornecido seus nomes verdadeiros, por temerem represálias. A informação foi confirmada pela universidade, que não conseguiu localizar em seu banco de dados os nomes fornecidos pelos alunos aos jornalistas.

Entre as reivindicações dos estudantes estão melhorias das condições de acessibilidade para pessoas com deficiência, ampliação da assistência estudantil, aquisição de mais livros para as bibliotecas e a realização de obras de infraestrutura na universidade.

Acompanhe tudo sobre:Ensino superiorFaculdades e universidadesGrevesParanáPolítica no BrasilProtestos

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022