Damares: ela deve ficar no país de segunda a quarta-feira da próxima semana (*/Agência Brasil)
Clara Cerioni
Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 10h46.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 10h50.
São Paulo — A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fará sua estreia internacional na semana que vem, em um evento do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça.
Sua participação no encontro foi confirmada pela assessoria pessoal de Damares à reportagem.
Ainda não há detalhes sobre a agenda ou as pautas que serão tratadas pela ministra no evento. Ela deve ficar no país de segunda a quarta-feira da próxima semana.
A expectativa é que a comunidade internacional esteja interessada em ouvir Damares, uma vez que a imagem do governo brasileiro lá fora, em relação aos direitos humanos, está arranhada.
Em janeiro, uma declaração de Damares viralizou em parte da Europa e o Brasil chegou aos assuntos mais comentados do Twitter.
As publicações resgataram um vídeo de 2013 no qual a ministra declarou que os pais holandeses são instruídos a "massagear sexualmente suas crianças". A imprensa estrangeira repercutiu negativamente as falas de Damares.
O governo Bolsonaro, desde o começo, não defendeu posições de parceria com a ONU. Assim que o presidente assumiu o mandato, em janeiro, ele deixou o Pacto de Migração da organização, assinado por 193 países.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o acordo é "instrumento inadequado para lidar com o problema (migratório)". Ele defende que "imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país".
Antes mesmo de ganhar as eleições, durante a campanha presidencial em agosto, o então candidato afirmou que se eleito ele tiraria o Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Bolsonaro, "a instituição não serve para nada".
"Se eu for presidente eu saio da ONU, não serve pra nada esta instituição", afirmou Bolsonaro. "É uma reunião de comunistas, de gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul, pelo menos", disse.