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Estou aguardando que Moro e TRF4 digam qual crime eu cometi, diz Lula

Preso há um mês, o ex-presidente divulgou um depoimento onde volta a se declarar inocente pela condenação no caso do triplex do Guarujá (SP)

Lula: Não sei se os acusadores dormem com a consciência tranquila que eu durmo, disse o petista (Victor Moriyama/Getty Images)

Lula: Não sei se os acusadores dormem com a consciência tranquila que eu durmo, disse o petista (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2018 às 12h17.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 12h22.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há 30 dias na sede da Lava Jato em Curitiba, segue se manifestando de dentro da cadeia para a militância. Nesta segunda-feira, 7, em depoimento divulgado pelo seu site oficial, ele volta a se declarar inocente pela condenação no caso do triplex do Guarujá (SP). O imóvel e a reforma feita nele seriam propina de empreiteiras em troca de contratos com o governo. O petista nega.

Também foi compartilhado um vídeo com o último discurso de Lula antes de se entregar para a Polícia Federal em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

"Completam-se 30 dias que estou aqui aguardando que o Moro e o TRF-4 digam qual crime eu cometi. Não sei se os acusadores dormem com a consciência tranquila que eu durmo. A minha tranquilidade é porque eu tenho vocês", assina Lula.

Na carta, o ex-presidente afirma que tem "certeza" de ser "vítima de um conluio entre a imprensa e a Força Tarefa da Lava Jato que não sabem como sair da emboscada que se meteram com tantas mentiras".

Desde que Lula foi preso, militantes acampam nas proximidades da sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, com moradores da região alegando transtornos.

A Prefeitura da capital paranaense já solicitou a transferência do ex-presidente e a Justiça já determinou que os movimentos desfaçam o acampamento sob pena de multa diária. Integrantes do acampamento também foram alvo de tiros na semana passada.

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