(Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)
Clara Cerioni
Publicado em 26 de março de 2020 às 11h50.
Última atualização em 26 de março de 2020 às 11h52.
Para enfrentar a epidemia de coronavírus que chegou a 2.433 infectados e 48 mortes na quarta-feira, 25, estados brasileiros têm adotado medidas para garantir o acesso à alimentação de alunos da rede pública de ensino. Governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Goiás vão dar um auxílio em dinheiro para os estudantes, manter as escolas abertas somente no horário de almoço ou distribuir alimentos.
Enquanto durar a suspensão das aulas no estado de São Paulo, o governo vai repassar uma ajuda de custo de 55 reais para alimentação das famílias de 700 mil alunos da rede pública estadual inscritos no Bolsa Família ou que vivem em extrema pobreza.
No DF, o governo já começou a distribuir cartões magnéticos de alimentação para cerca de 22 mil crianças de 0 a 5 anos. Nesta primeira etapa serão 60 reais para a compra de alimentos. Caso a suspensão das aulas seja prorrogada (por enquanto é válida até o dia 5 de abril), o valor será de 150 reais.
Para atender estudantes inscritos no programa Bolsa Família, o Paraná começa nesta quinta-feira (26) a entregar remessas de leite para 110 mil crianças de 6 meses a 3 anos, além de kits com itens não perecíveis da merenda escolar.
Em Goiás, alunos da rede estadual inscritos em algum programa social, como o Bolsa Família, vai receber um valor de 75 reais por aluno. As aulas estão suspensas por 15 dias no estado.
Apesar de ter aulas suspensas, as escolas do Rio de Janeiro vão ser abertas das 11 às 13 horas, para servir almoço aos alunos. Isso porque muitas crianças, principalmente as mais pobres, dependem da refeição oferecida pelos colégios.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 25, um projeto de lei que prevê a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes que tiveram suspensas as aulas na rede pública de educação básica após a epidemia do coronavírus (Covid-19).
De acordo com o texto, o dinheiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) continuará a ser repassado pela União a estados e municípios para a compra de merenda escolar, mesmo com as aulas suspensas. O projeto agora segue para o Senado.