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Itaquerão lota apenas no 'lado mais pobre'

A nova arena tem capacidade para 48 mil lugares e praticamente todos os 21 mil lugares vagos ficam no prédio Oeste, onde os ingressos são vendidos por até R$ 450


	A nova arena tem capacidade para 48 mil lugares e praticamente todos os 21 mil lugares vagos ficam no prédio Oeste, onde os ingressos são vendidos por até R$ 450
 (Friedemann Vogel/Getty Images)

A nova arena tem capacidade para 48 mil lugares e praticamente todos os 21 mil lugares vagos ficam no prédio Oeste, onde os ingressos são vendidos por até R$ 450 (Friedemann Vogel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2015 às 08h48.

São Paulo - Com mais de 27 mil torcedores por jogo, o Corinthians tem a melhor média de público do Campeonato Paulista. Isso, no entanto, não significa que o clube alvinegro tem conseguido lotar o Itaquerão. A nova arena tem capacidade para 48 mil lugares e praticamente todos os 21 mil lugares vagos ficam no prédio Oeste, onde os ingressos são vendidos por até R$ 450.

Concebido para gerar receitas milionárias, o setor mais caro do estádio ainda não está totalmente pronto. Não foram entregues, por exemplo, restaurantes, lanchonetes e lojas que fazem parte do projeto original. O setor Oeste Vip Inferior não teve mais do que 25 torcedores que aceitaram pagar R$ 450 em nenhum jogo deste Paulistão.

O maior público do local foi de 22 pagantes, nas partidas contra Red Bull Brasil e Mogi Mirim. Contra o São Bernardo, apenas três torcedores compraram o ingresso por esse valor.

A diretoria, porém, não está disposta a diminuir o preço das entradas no prédio Oeste. "Aquele setor é desse jeito, eu não posso baratear. Não posso diminuir o valor do ingresso se os lugares mais baratos ainda não estão cheios. Quem sentou naquele setor foi por opção e não porque não tinha em outro lugar. Paga R$ 450 quem nunca foi no estádio e faz a compra avulsa", disse o presidente Roberto de Andrade.

O Itaquerão custou mais de R$ 1 bilhão. A partir de julho, o clube começará a pagar os empréstimos obtidos durante as obras. Serão prestações mensais de R$ 5 milhões ao BNDES. Em dezembro de 2016 começara a vencer o financiamento feito com a Caixa Econômica Federal. Serão mais R$ 5 milhões por mês. Hoje, toda a arrecadação de bilheteria do estádio vai para um fundo que será usado para pagar esses empréstimos.

Por isso, o clube reluta em diminuir o preço do ingresso. A ideia é conseguir rendas milionárias, principalmente nas fases decisivas da Copa Libertadores. "Não dá para fazer futebol com valores muito baixos. Todos sabem que fizemos um estádio maravilhoso e temos de pagar a conta", justificou Roberto de Andrade.

A partir do próximo mês, o clube espera aumentar a arrecadação com o estádio com mudanças no programa de sócio-torcedor e a venda dos espaços mais nobres da arena, justamente no prédio Oeste. "No dia 16 vamos fazer o relançamento do Fiel Torcedor. Será um produto novo, que estamos preparando há algum tempo. Vamos também liberar a locação das cadeiras cativas e camarotes", disse o presidente.

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