Brasil

Esquema de Cabral na saúde causou prejuízo de R$ 173 mi ao RJ

Preso desde novembro de 2016 e condenado a 87 anos de cadeia, o ex-governador do RJ é acusado de comandar um esquema bilionário de propina

Cabral: ele já é réu em 20 processos na Justiça Federal (Daniel Munoz/Reuters)

Cabral: ele já é réu em 20 processos na Justiça Federal (Daniel Munoz/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 11h37.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 12h35.

São Paulo - O ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB) virou alvo de ação civil pública do Ministério Público do Estado por conta de contratos envolvendo medicamentos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 173 milhões.

Preso desde novembro de 2016 e condenado a 87 anos de cadeia, acusado de comandar um esquema bilionário de propina, ele já é réu em 20 processos na Justiça Federal.

O MP, por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa também contra os ex-secretários de Estado de Saúde Sérgio Côrtes - que passou 10 meses preso e foi solto este mês -, Marcos Esner Musafir e Felipe Peixoto, além de outros 12 servidores do Estado, uma empresa, um consórcio e quatro executivos.

Um dos empresários é Arthur César de Menezes, o "Rei Arthur". Ele já havia sido acusado de pagar US$ 10 milhões (R$ 33,6 milhões) a Cabral em troca de benefícios em contratos de sua empresa.

Segundo o MP, os denunciados "realizaram contratos para manutenção de serviços de estocagem, distribuição, armazenamento e destinação final de medicamentos, insumos, produtos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres do Estado superior a R$ 173 milhões".

O MP requer suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e ressarcimento do erário, entre outras sanções.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoLavagem de dinheiroPrisõesRio de JaneiroSaúdeSérgio Cabral

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022