São Paulo – Em nota divulgada nesta segunda-feira, a ONG Atletas pelo Brasil, capitaneado por Ana Moser e pelo ex-jogador de futebol Raí, critica nomeação do deputado George Hilton (PRB) para o Ministério do Esporte na semana passada.
O grupo afirma que “há anos, o Ministério do Esporte é usado na barganha política. Não se trata de decidir quem seria a melhor pessoa para ocupar o cargo, mas qual partido o terá de acordo com as alianças e que decidirá a seu bel-prazer quem o representará”.
Hilton, que está em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.
Em 2006, ele foi flagrado com 600 mil reais distribuídos em 11 malas no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Segundo ele, o dinheiro seria proveniente de doações de fiéis. Segundo relato do jornal O Estado de S. Paulo, ele teria sido expulso do PFL devido ao fato.
"Às vésperas das Olimpíadas, a presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte", afirma o comunicado.
Entre os sócios do grupo estão o técnico da seleção brasileira Dunga, o jogador Kaká e o nadador Gustavo Borges, entre outros.
A expectativa é que a presidente anuncie ainda hoje os nomes que ocuparão 22 ministérios. Até agora, 18 dos 39 já foram divulgados.
Veja a íntegra da nota:
“A Atletas pelo Brasil vem manifestar publicamente seu desapontamento com a forma de nomeação do atual Ministério do Esporte.
Somos uma organização não governamental que trabalha pela melhoria da política esportiva no Brasil. Desde 2009, trabalhamos para influenciar as decisões governamentais a fim de que haja uma legislação mais moderna, uma alocação de recursos mais eficiente, uma melhor gestão e transparência no esporte e para que o País possa pensar no esporte como fator estratégico para o desenvolvimento humano e social com importante impacto na saúde, educação e planejamento urbano.
Como diz nossa missão, queremos “melhorar o esporte para melhorar o País”. Acreditamos piamente nisto. Somos uma associação de mais de 60 atletas de relevância para o esporte.
Tivemos, junto com muitos outros, importância no passado, e continuamos tendo no presente. E, muito mais do que isso, queremos ajudar a construir um País com espirito olímpico. Desejamos uma política esportiva (educacional, de participação e de alto rendimento) que nos orgulhe e que mostre um caminho diferente, que aponte para o Esporte que o Brasil merece.
Temos trabalhado na seara política pois acreditamos na participação ativa da sociedade para as mudanças do País. No esporte, só teremos resultados expressivos e de longo prazo caso ele seja administrado com responsabilidade por nossos governantes e legisladores.
Exigimos muito mais respeito e cuidado com tudo que envolve o tema Esporte no Brasil. O que está muito longe de acontecer quando constatamos os critérios, ou a falta deles, que foram usados para a escolha do novo ministro.
Infelizmente, há anos, o Ministério do Esporte é usado na barganha política. Não se trata de decidir quem seria a melhor pessoa para ocupar o cargo, mas qual partido o terá de acordo com as alianças e que decidirá a seu bel-prazer quem o representará. Nem mesmo uma familiaridade com o tema é observada, o que traz enormes prejuízos ao esporte e ao País em um setor que está à frente de um enorme investimento com os megaeventos esportivos.
A nomeação com critério unicamente político, na maior parte das vezes, traz consigo o aumento da ineficiência de gestão, descontinuidade da política, reinício de convencimentos e processos e tudo isso com custo aos cofres públicos.
Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do esporte em geral.
E nós, atletas, não podemos mais ser mais usados simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos, encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme responsabilidade nas derrotas.
Mesmo assim, seguimos em frente pois acreditamos em um País melhor, mas reiteramos aqui hoje que, como cidadãos e cidadãs brasileiros, nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor.
Nós da Atletas pelo Brasil continuaremos prontos para ajudar, contribuir e dialogar com todos que desejam deixar um lindo legado esportivo para o País".
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1. Nova equipe
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1/18 (Ben Tavener/Flickr/Creative Commons)
São Paulo – A presidente
Dilma Rousseff anunciou hoje parte da equipe ministerial de seu segundo governo. Dentre os principais nomes estão o do governador do Ceará Cid Gomes (Pros), que assumirá o
Ministério da Educação. Também farão parte da nova equipe o governador da Bahia Jacques Wagner (
PT), no Ministério da Defesa, e a senadora Kátia Abreu (
PMDB), no
Ministério da Agricultura. Além de Kátia, outros cinco nomes compõem a cota do PMDB nos ministérios. Alguns dos atuais ministros continuam no cargo. É o caso de Arthur Chioro, da Saúde. Outros nomes já haviam sido divulgados em novembro, como o de Joaquim Levy, para o Ministério da Fazenda. O Palácio do Planalto deve divulgar o restante da equipe ministerial no dia 29 de dezembro.
Dentre as pastas a serem definidas está a das Relações Exteriores. Veja nas fotos quem são os novos ministros do
governo Dilma.
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2. Kátia Abreu - Ministério da Agricultura
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2/18 (Antonio Cruz/ABr)
A senadora faz parte da cota do PMDB no governo, mas foi escolhida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff. A ruralista se aproximou da presidente quando ainda estava no DEM, partido de oposição ao governo. Desde então, a senadora passou pelo PSD e recentemente se filiou ao PMDB. A indicação
não foi bem aceita por parte da base da presidente, inclusive uma parcela do PT. Kátia Abreu é presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
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3. Jacques Wagner - Ministério da Defesa
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3/18 (Agência Brasil)
Filiado ao PT desde 1980, Jacques Wagner está no fim de seu segundo mandato como governador da Bahia. Ele chegou a ser cotado para ocupar outras pastas no segundo governo Dilma, mas ficou com o Ministério da Defesa. Próximo ao ex-presidente Lula, Wagner foi ministro do Trabalho e das Relações Institucionais durante seu governo. O político também já foi deputado federal. Apesar de ter trilhado sua carreira política na Bahia, Jacques Wagner nasceu no Rio de Janeiro.
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4. Edinho Araújo - Secretaria de Portos
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4/18 (Divulgação)
O deputado federal Edinho Silva faz parte da cota do PMDB nos ministérios. Edinho é deputado por São Paulo, e foi eleito em outubro para seu quarto mandato. Ele também já foi prefeito de São José do Rio Preto e de Santa Fé do Sul, além de deputado estadual em São Paulo. O deputado voltou ao PMDB em 2009. Ele havia deixado o partido dez anos antes para se filiar ao PPS. Na década de 1970, Edinho Araújo integrou a Arena.
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5. Vinicius Lages - Ministério do Turismo
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5/18 (Agência Brasil)
Lages é o atual ministro do Turismo e deve permanecer na pasta por enquanto. Há a possibilidade de que o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) assuma a pasta. Porém, o Palácio do Planalto aguarda para saber se ele será um dos nomes envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato. Vinicius Lages tem um perfil mais técnico e já atuou na área de turismo no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa). Ele foi indicado para o cargo pelo senador Renan Calheiros (PMDB).
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6. Eliseu Padilha - Secretaria de Aviação Civil
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6/18 (Divulgação)
Filiado ao PMDB desde 1966 (quando o partido ainda se chamava MDB), Eliseu Padilha está chegando ao fim de seu quarto mandato como deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Ele não tentou a reeleição em 2014. Padilha já foi ministro no governo FHC, quando chefiou a pasta de Transportes. Agora, integra a cota do PMDB no governo Dilma, indicado pelo vice-presidente Michel Temer.
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7. Helder Barbalho - Ministério da Pesca e Aquicultura
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7/18 (Marco Santos/PMDB-PA)
Filho do senador Jader Barbalho, Helder também faz parte da cota do PMDB no governo Dilma. Ele foi prefeito de Ananindeua, no Pará, e tentou o cargo de governador do estado nas eleições de 2014, mas foi derrotado por Simão Jatene (PSDB). O nome Barbalho sofre de grande rejeição no Pará, devido às denúncias de corrupção envolvendo o senador Jader Barbalho, ex-governador do estado.
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8. Eduardo Braga - Ministério de Minas e Energia
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8/18 (Agência Brasil)
A pasta de Minas e Energia continuará sob comando do PMDB, agora com Eduardo Braga. Durante os 4 anos do primeiro mandato de Dilma a pasta foi ocupada por Edison Lobão. Braga foi duas vezes governador do Amazonas (2002-2006 e 2006-2010) e, depois, foi eleito senador em 2010. Desde março de 2012, ele é olíder do governo da presidente Dilma Rousseff na Casa.
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9. Cid Gomes - Ministério da Educação
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9/18 (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
Pela primeira vez em 12 anos, o MEC não ficará nas mãos de um petista. Durante todo o mandato de Lula e Dilma, a pasta da Educação ficou com políticos do partido. Desta vez, a presidente decicdiu nomear Cid Gomes (Pros) para o cargo, que acaba seu mandato como governador do Ceará neste ano. Ele assume o lugar que no primeiro mandato de Dilma ficou a cargo de José Henrique Paim. Durante o 1º mandato de Dilma a pasta já foi ocupada por Fernando Haddad (julho de 2005 a janeiro de 2012) e Aloizio Mercadante (janeiro de 2012 a fevereiro de 2014).
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10. George Hilton - Ministério do Esporte
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10/18 (Divulgação)
O deputado George Hilton, do PRB, assume o Ministério do Esporte. Hilton é Veterano no legislativo com quatro mandatos. É também o presidente regional do PRB-MG.
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11. Gilberto Kassab - Ministério das Cidades
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11/18 (Rogerio Pallatta/Contigo)
O Ministério das Cidades será comandado por Gilberto Kassab, do PSD. O ex-prefeito de São Paulo assumirá o lugar de Gilberto Occhi (PP), que está no cargo desde março de 2014. Kassab, que saiu derrotado na disputa pela cadeira de São Paulo no Senado, passou, junto com seu partido, a apoiar a presidente a partir do início da campanha eleitoral, em junho deste ano.
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12. Aldo Rebelo - Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação
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12/18 (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Aldo Rebelo (PCdoB), atual ministro dos esportes, passa a ocupar o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.
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13. Valdir Simão - Controladoria Geral da União
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13/18 (Divulgação / Ministério do Turismo)
Valdir Simão já foi secretário-executivo do Ministério do Turismo e hoje ocupa o posto número 2 da Casa Civil. Passará a comandar a Controladoria Geral da União.
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14. Nilma Lino Gomes - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
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14/18 (Eliza Fiúza / Agência Brasil)
A pedagoga mineira Nilma Lino Gomes comanda a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Agora, será titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
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15. Joaquim Levy - Ministério da Fazenda
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15/18 (Thomas Lee/Bloomberg)
O novo ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, foi diretor do Tesouro Nacional durante a gestão do ex-ministro Antonio Palocci no primeiro mandato de
Lula. Em 2006, ele deixou o governo para trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Atualmente é o diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos
Bradesco.
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16. Alexandre Tombini - Banco Central
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16/18 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Tombini está no Banco Central desde 1998. Em 2010, assumiu a presidência do BC.
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17. Nelson Barbosa - Ministério do Planejamento
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17/18 (José Cruz/Agência Senado)
Nelson Barbosa foi o escolhido para chefiar a pasta do Planejamento, Orçamento e Gestão. Esteve no governo entre 2003 e 2013, sempre na equipe de Guido Mantega. Entre 2011 e 2013, foi secretário executivo do Ministério da Fazenda.
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18. Veja agora como foi o troca-troca de ministros no 1º mandato de Dilma Rousseff
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18/18 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)