Paulo Hartung, governador do Espírito Santo: "Fizemos um ajuste fiscal duro, mas também focamos em políticas sociais” (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 20h08.
São Paulo - A gestão de pessoas no setor público é um desafio: enquanto a sociedade aumenta o nível de exigência em relação aos serviços prestados, nem sempre os servidores estão comprometidos em gerar melhores resultados. Mas o governo do Espírito Santo é uma exceção.
Há mais de dez anos, o estado implanta um programa de inovação na gestão pública que se tornou referência no país. O caso foi debatido no evento “Governos Inteligentes para o Futuro”, realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com EXAME, na tarde desta quarta-feira (5), em São Paulo.
O governo do Espírito Santo colocou em prática um sistema de gerenciamento de projetos estruturantes, que garante a execução de cada um deles por meio de reuniões quinzenais. O modelo foi criado pelo próprio governo, mas contou com assessoramento de uma consultoria para aperfeiçoá-lo.
“Se não fossem as parcerias privadas, não teríamos saído do 14º lugar para o 1º lugar nas provas de português e matemática no ensino médio. Fizemos um ajuste fiscal duro, mas também focamos em políticas sociais”, diz Paulo Hartung, governador do Espírito Santo.
O Instituto Humanize foi buscar referências de gestão de pessoas no setor público no exterior que poderiam ser adaptadas para a realidade brasileira. “Só vamos conseguir resolver os problemas da gestão pública se incentivarmos os melhores talentos”, diz Nalália Leme, relações institucionais do Instituto Humanize.
Para Weber Sutti, gerente na Fundação Lemann, servidores seniors de primeiro e segundo escalão comprometidos com o estado trazem resultados para a sociedade. “Só conseguimos selecionar as pessoas certas se os objetivos de cada área estiverem claros”, diz.