Para Marina, país precisa avançar além do combustível fóssil e estimular o desenvolvimento de fontes de energia renovável (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 08h33.
São Paulo - A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse que espera que o governo federal realize um reajuste dos preços administrados como uma medida de política de país, deixando de lado o aspecto eleitoral sobre essa questão.
"Eu espero que os preços administrados possam ser corrigidos pelo próprio governo", disse a candidata ao Jornal da Globo, quando perguntada se irá aumentar o preço da gasolina para beneficiar o setor sucroalcooleiro.
"Quero que se tenha visão de país, não uma visão apenas voltada para as eleições", afirmou, na entrevista exibida na madrugada desta terça-feira.
Marina defendeu as diretrizes energéticas que constam no seu programa de governo e falou que não vai ignorar os recursos provenientes do petróleo da camada pré-sal.
No entanto, segundo ela, o país precisa avançar além do combustível fóssil e estimular o desenvolvimento de fontes de energia renovável, a exemplo da energia eólica e de biomassa. "Vamos explorar os recursos do pré-sal, mas vamos dar um passo a frente", disse.
Segundo a candidata, os países desenvolvidos desenvolvem suas matrizes energéticas na direção de fontes menos poluentes, mas sem prescindir do petróleo, recurso que ainda não tem um substituto na mesma escala.
Marina disse que os recursos do pré-sal são importantes para serem utilizados em áreas prioritárias do país, como educação, saúde e inovação.
A candidata não descartou projetos de hidrelétricas na região amazônica, onde está o maior potencial desse tipo de energia no Brasil. "Se os projetos têm viabilidade econômica, ambiental e social é preciso avançar com eles", disse.
"Mas é preciso investir também em fontes renováveis de energia", alertou Marina Silva. Ela também afirmou que o país precisa das termoelétricas como fonte de energia auxiliar na matriz brasileira.