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Especialista diz que conflitos no Rio têm motivação financeira

Autor de livro sobre terrorismo considera que ataques não tem ideais políticos e defende implementação de segurança pública

Ônibus é incendiado durante os ataques no Rio de Janeiro  (Luiza de Paola/AFP)

Ônibus é incendiado durante os ataques no Rio de Janeiro (Luiza de Paola/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 13h19.

Brasília – O autor do livro Guerra Irregular, Alessandro Visacro, associou hoje (26) a série de ataques criminosos no Rio de Janeiro aos prejuízos financeiros e à perda de território de traficantes. Para ele, os motivos dos conflitos não são políticos ou ideológicos.

“O que acontece no Rio de Janeiro é que a motivação do conflito não é política e ideológica, a violência está associada simplesmente à obtenção de lucros financeiros decorrentes do tráfico de drogas e de armas”, disse Visacro, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

A publicação aborda os conflitos modernos como o terrorismo e as guerrilhas urbanas. O especialista destacou que, com o aumento da presença do Poder Público em territórios até então ocupados por traficantes no Rio, os criminosos perderam espaço.

“De forma até natural era de se esperar uma ação violenta desses grupos que perdem parte de seu território. Então esse tipo de reação era de certa forma previsível.”

Ele defendeu a implementação, pelo Estado, de uma política efetiva de segurança pública. “A longo prazo, o êxito contra a violência urbana está diretamente associado à formulação e implementação de uma política de Estado que hoje no Brasil não existe.”

O especialista avalia que as ações de combate à criminalidade adotadas pelo governo do Rio têm recebido o apoio da população. “Porém é necessário tomar cuidado para não extrapolar na resposta, que tem de ser dada de forma proporcional, a fim de não reverter esse apoio popular.”

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