Luís Cláudio Lula da Silva: o escritório Marcondes & Mautoni (M&M) confirmou que fez pagamentos à empresa LFT Marketing Esportivo, do filho do ex-presidente Lula (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 11h08.
Brasília - O escritório Marcondes & Mautoni (M&M) confirmou na quinta-feira, 1, que fez pagamentos à empresa LFT Marketing Esportivo, do empresário Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.
O escritório havia informado na quarta-feira, 30, ao ser procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que "jamais fez qualquer 'repasse' a qualquer empresa ou pessoa".
Em nova nota, argumentou na quinta-feira que considera o significado de "repasse" diferente de "pagamento". A LFT também divulgou nota, com o mesmo argumento.
"A M&M ratifica que jamais efetuou qualquer "repasse" a qualquer empresa ou pessoa. A palavra 'repasse' possui uma carga semântica negativa, que não se coaduna com a atuação de empresas idôneas. A M&M é uma empresa idônea e, como qualquer outra nessa condição, faz seus pagamentos de forma regular, em conformidade com a legislação", justificou.
A assessoria de Luís Cláudio Lula da Silva divulgou nota na quinta-feira sobre a reportagem: "Ao contrário do exposto, a Marcondes & Mautoni não fez 'repasses' à LFT. Mas tão somente pagou por projeto contratado e executado e o valor recebido pela LFT Marketing Esportivo foi contabilizado e declarado legalmente. E o que é mais importante, e que desmonta a vinculação a lobby político, é que. tanto a celebração dos referidos contratos, como a execução dos projetos e seus pagamentos, ocorreram entre 2014 e 2015 e a reedição da MP 471, é de 2009.
A LFT explicou que, "ao contrário do exposto, a Marcondes & Mautoni não fez 'repasses' à empresa, mas tão somente pagou por projeto contratado e executado e que o valor recebido foi contabilizado e declarado legalmente."
Em nova nota, explicou ontem que, "tanto a celebração dos referidos contratos como a execução dos projetos e seus pagamentos, ocorreram entre 2014 e 2015".
A empresa argumentou que a MP 471, cujos incentivos tiveram validade de 2011 a 2015, foi editada em 2009. Por isso, alegou, não há como estabelecer "relação causal" entre a norma e os pagamentos.
O ex-ministro das gestões Lula e Dilma Gilberto Carvalho, citado em anotação de agenda de lobista, informou ontem que não teve reunião com representantes de montadoras dias antes da edição da MP.