Hugo Motta: parlamentar é o candidato do presidente da Casa, o também peemedebista Eduardo Cunha (Reprodução/Flickr/PMDB Nacional)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 15h27.
Brasília - A reunião para a escolha do líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados começou as 15h25.
Marcada para começar as 15h, a escolha da liderança da bancada do partido é uma das mais esperadas neste início de ano em função dos reflexos que o nome terá sobre as decisões na Câmara, entre elas a pauta de votações do governo e o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Concorrem ao cargo o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e Hugo Motta (PB), ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A votação será secreta, em cédula em papel.
Mais próximo ao governo, Picciani tenta a recondução ao cargo. Motta é o candidato do presidente da Casa, o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ).
Havia expectativa de que a primeira parte da reunião, quando os dois candidatos apresentarão suas propostas, fosse aberta, mas o PMDB decidiu realizar todo o encontro a portas fechadas.
Picciani chegou dez minutos antes do horário marcado para a reunião partidária. Pouco depois, às 15h05 foi a vez de Cunha. Motta chegou às 15h12.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que foi exonerado temporariamente para voltar à Câmara para disse que a decisão foi tomada por ser o único peemedebista do Piauí na Casa. “Entendo que o Piauí não poderia ficar de fora de uma decisão tão importante como esta”.
Castro disse que a decisão da exoneração foi “pessoal” e que não sofreu pressão do Palácio do Planalto. “Entendi que a minha presença aqui que é relevante e tomei uma decisão pessoal. Não fui instado por ninguém.”
Protesto
Um grupo de manifestantes fantasiados de mosquitos jogou pedaços de papel com imagens do Aedes aegypti na entrada do plenário onde se realiza a escolha do líder do PMDB.
Eles criticaram o fato de o ministro ter pedido exoneração do cargo para participar da escolha da liderança em meio à epidemia de vírus Zika que o país enfrenta.
Castro disse que entendia a manifestação e minimizou o protesto dizendo ser bem-vinda “qualquer ação que dê visibilidade para o mosquito que nós queremos acabar”.