Estudantes protestam em escola em Diadema, SP: Alckmin seguiu defendendo firmemente a reorganização escolar (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 17h52.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que todos os prédios que forem liberados pela reorganização escolar que sua gestão promove no Estado vão continuar a ser utilizados e com destino para a área educacional.
"Nenhum prédio deixará de ser utilizado para a educação", disse em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.
Segundo o governador, enquanto a rede estadual tem ociosidade de salas, principalmente no Ensino Fundamental, as redes municipais tem falta de vagas no Ensino Infantil e nas creches.
Alckmin afirmou que os edifícios também podem ser destinados ao ensino técnico e citou que o instituto Paula Souza solicitou 11 prédios ao governo.
Segundo o governador, a rede estadual tem capacidade para 5,8 milhões e só tem demanda para 3,8 milhões de alunos.
Ele atribui a queda ao fato de o ensino fundamental do ciclo 1 estar sendo municipalizado e à mudança demográfica que acontece no País, já que as mulheres têm hoje menos filhos.
Alckmin seguiu defendendo firmemente a reorganização, apontando que as escolas de ciclo único promovem um rendimento escolar em média 15% mais alto entre os alunos.
O tucano atribuiu a revolta entre estudantes, com ocupação de dezenas de escolas, a um movimento de cunho político.
"Infelizmente, você tem movimentos políticos tentando tirar casquinha e atrapalhando uma medida necessária", disse, citando o sindicato dos professores Apeoesp - ligado à CUT, central próxima ao PT - e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que historicamente também teve proximidade com o partido rival do governador, mas que hoje adota postura mais crítica com relação ao governo federal.
Alckmin, no entanto, não cita diretamente o PT ao reclamar do fundo político das ações.