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Escolas de samba atingidas por incêndio tentam reconstruir material

Na Portela, que perdeu mais de 2,5 mil das 4,5 mil fantasias no incêndio, o trabalho emergencial já conseguiu recuperar cerca de 1,5 mil

Desfile da União da Ilha: escola de samba perdeu quase todo o material no incêndio (Gladstone Campos/VEJA)

Desfile da União da Ilha: escola de samba perdeu quase todo o material no incêndio (Gladstone Campos/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 18h23.

Rio de Janeiro - A uma semana do carnaval, as três escolas de samba cariocas afetadas por um incêndio no início do mês (União da Ilha, Portela e Grande Rio) continuam seus trabalhos de recuperação das fantasias e alegorias destruídas. Hoje (25), o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, visitou os barracões improvisados da União da Ilha e da Portela para ver o trabalho.

Na Portela, que perdeu mais de 2,5 mil das 4,5 mil fantasias no incêndio, o trabalho emergencial já conseguiu recuperar cerca de 1,5 mil. Os carros alegóricos, no entanto, bastante destruídos, deverão desfilar com menos da metade das esculturas previstas.

Na União da Ilha, que perdeu quase a totalidade das fantasias destinadas à comunidade, os trabalhadores já conseguiram reconstruir 70% delas. O único carro destruído da escola, que representa uma aranha gigante, teve sua reconstrução concluída hoje.

Segundo o presidente da União da Ilha, Ney Filardi, no entanto, as fantasias confeccionadas às pressas não têm a mesma qualidade daquelas que levaram meses para serem montadas e que foram destruídas pelas chamas.

“É preciso ressaltar que apenas 30% dessas fantasias estão em conformidade com o protótipo. Temos um grande adversário que é o tempo e há escassez de material no mercado. A beleza plástica foi embora. Mas o desfile vai ser compensado com muita garra e muita emoção”, disse.

Durante a visita hoje à Cidade do Samba, o ministro Aloizio Mercadante chegou a pensar em emprestar uma máquina de molde de materiais do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) para tentar acelerar a reconstrução de carros alegóricos, mas, depois, desistiu, ao ver que as esculturas das alegorias eram muito grandes.

“É um equipamento que, através do computador, consegue moldar qualquer peça. Mas as peças aqui são tão grandes que acho que não tem como fazer. Só mesmo um artista para desenhar uma peça desse tamanho. Em laboratório, você não consegue. Se tiver ainda algum apoio que pudermos dar, vamos dar, mas não é fácil”, disse o ministro.

Entre os motivos da visita de Mercadante à União da Ilha está o fato de que o ministério colaborou, por meio do Jardim Botânico do Rio, na concepção do enredo em homenagem ao cientista britânico Charles Darwin, criador da Teoria da Evolução das Espécies.

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