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Escolas da zona leste de SP têm pior desempenho

Instituições conseguiram 0,278 no índice de cumprimento de metas, que vai de 0 até 1

Extremo da zona leste reúne 90 escolas de bairros como Itaim Paulista, Guaianases, Itaquera, Lajeado, São Miguel e Vila Curuçá (Tiago Lubambo/Pick Imagem)

Extremo da zona leste reúne 90 escolas de bairros como Itaim Paulista, Guaianases, Itaquera, Lajeado, São Miguel e Vila Curuçá (Tiago Lubambo/Pick Imagem)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 12h06.

São Paulo - As escolas da extrema zona leste da capital paulista têm as piores médias de desempenho de estudantes da cidade. A diretoria chamada Leste 2, que reúne 90 escolas de bairros como Itaim Paulista, Guaianases, Itaquera, Lajeado, São Miguel e Vila Curuçá, obteve 0,278 no índice de cumprimento de metas estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação. A escala do índice vai de 0 a 1.

O índice é cerca de metade do que obteve uma área nobre da própria zona leste - bairros como Belém e Tatuapé conseguiram 0,469 - e bem abaixo da pontuação da Norte 2. Essa última diretoria congrega bairros como Jaçanã, Mandaqui e Tucuruvi, que alcançaram 0,6 - o melhor desempenho de São Paulo. Os dados mostram que quanto mais periférico é o bairro, mais baixo é o rendimento dos estudantes.

O cálculo do índice corresponde à soma de quanto cada uma das 5 mil escolas públicas de todo o Estado cumpriram de sua meta de desempenho (cada colégio tem uma meta específica com base na sua própria realidade), mais o adicional por qualidade, concedido às escolas que superam o que foi estipulado.

Segundo o desempenho da escola, professores e demais profissionais da educação recebem bônus. A bonificação referente aos resultados de 2010 foi paga ontem. O governo distribuiu R$ 340 milhões a cerca de 190 mil profissionais de 3.778 escolas.

Na comparação com o ano passado, porém, o número de escolas que não receberam o bônus triplicou. Em 2010, 510 colégios (9,9%) ficaram sem a bonificação. Neste ano, foram 1.474 escolas, ou 29,1% da rede pública do Estado. O valor distribuído também caiu pela metade. No ano passado, foram 655 milhões.

A queda se deve, principalmente, ao desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e à grande rotatividade de professores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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