Família de Maria Eduarda: em encontro com o governador do Rio de Janeiro, os pais da aluna pediram a criação de uma lei que proíba operações policiais nas comunidades em horário escolar (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 10 de abril de 2017 às 16h29.
Após quase uma semana sem aulas, a escola Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, em Acari, zona norte do Rio, retomou parcialmente hoje (10) as atividades.
No dia 30 de março, a estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, 13 anos, morreu no pátio da escola enquanto fazia educação física, alvejada por três tiros, durante confronto entre policiais militares e homens armados.
A perícia indicou que um dos tiros partiu da arma de um policial.
Na semana passada, pais e funcionários elegeram uma série de medidas necessárias para o retorno das aulas para que o trauma não prejudique o aprendizado dos alunos.
Estão previstas assistência psicológica, atividades de grupo e reuniões nesta semana. A partir do dia 17, a programação inclui oficinas integradas e adaptadas ao currículo escolar.
Em encontro com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, os pais de Maria Eduarda pediram a criação de uma lei que proíba operações policiais nas comunidades em horário escolar.
Na quarta-feira passada, os profissionais da escola enviaram uma carta à prefeitura do Rio, solicitando serviços de assistência social, cultura e saúde na comunidade.
Dentre os pedidos, estão a instalação de um centro de referência de assistência social, uma lona cultural, uma clínica da família e um centro esportivo.
Este último seria a ampliação da atual quadra em um ginásio poliesportivo, para o qual é sugerido o nome de Maria Eduarda.