Parente de vítima do incêndio na boate Kiss é consolada durante enterro: sobreviventes que estão internados devem ficar em UTIs "por um período bastante prolongado", afirmou o ministro da Saúde (REUTERS/Edison Vara)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 15h12.
Brasília - Um grupo de profissionais que auxiliou no atendimento de familiares de vítimas do ataque de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas, em Nova York, atuará no suporte psicológico de parentes dos pacientes internados em estado grave em Porto Alegre, após incêndio em boate no interior do Estado que matou ao menos 231 pessoas, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira.
De acordo com o ministro, foi formada uma força-tarefa específica que conta com profissionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
A equipe deve prestar atendimento mental e psicológico a familiares e amigos de mais de 50 pacientes internados na capital gaúcha - todos em estado grave, respirando por aparelhos, e, em sua maioria, intoxicados pela inalação da fumaça no incêndio.
"A partir de hoje começa a funcionar uma força-tarefa específica de suporte psicológico aos familiares dos mais de 50 pacientes que estão internados em Porto Alegre", disse Padilha a jornalistas.
"São pacientes que vão ficar por um período bastante prolongado internados em UTI." O incêndio que vitimou 231 pessoas ocorreu na madrugada de domingo, quando faíscas de um artefato pirotécnico atingiram a cobertura acústica do teto da boate Kiss, em Santa Maria (RS).
A maioria das vítimas morreu asfixiada por inalação da fumaça tóxica que tomou conta do lugar. Segundo a polícia, a única porta da boate não dava vazão ao número de pessoas em caso de emergência.
O ministro alertou que pessoas que tiveram contato com a fumaça e saíram aparentemente ilesas ainda podem ter complicações por conta da inalação e apresentar sintomas como desconforto respiratório e tosse em até quatro dias após o episódio.