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EPE diz que país tem como enfrentar baixa em reservatórios

Presidente da Empresa de Pesquisa Energética diz que investimentos dos últimos anos proporcionaram uma situação que permite superar a situação hidrológica atual


	Usina de Itaipu: Instituto Acende Brasil disse que, diferentemente de 2001, o país tem atualmente um parque termelétrico “muito mais robusto"
 (Arquivo/Agência Brasil)

Usina de Itaipu: Instituto Acende Brasil disse que, diferentemente de 2001, o país tem atualmente um parque termelétrico “muito mais robusto" (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 12h56.

Brasília - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que não está “alarmado” pelo fato de o país enfrentar uma das piores situações hidrológicas dos últimos 80 anos.

Segundo ele, os investimentos feitos nos últimos anos proporcionaram ao país uma situação estrutural que permite ao sistema elétrico superar a baixa registrada nos reservatórios.

Ele destacou que a situação é distinta da de 2001, ano em que o país teve de fazer racionamento energético para evitar desabastecimento. "Entre 2001 e 2013, a demanda por energia elétrica aumentou 51%, enquanto a capacidade de geração das usinas aumentou 73%, o que dá uma margem de segurança para o setor", destacou Tolmasquim, ao participar hoje (12) de audiência pública no Senado.

Presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Salles, disse que, diferentemente daquela época, o país tem atualmente um parque termelétrico “muito mais robusto”. Ele pondera que as regiões Sudeste e Centro-Oeste, apesar de serem responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia no país, apresentam um nível de armazenamento de 35% – bastante semelhante ao registrado em 2001 e preocupante, de acordo com ele.

Salles acrescentou que, em meio a esse cenário, as distribuidoras, que têm no portfólio grande participação de termelétricas, estão sendo muito afetadas pelo problema.

“[Para evitar problemas], precisamos comunicar as reais condições do sistema de forma precisa, didática e clara; formar indicadores que facilitem o acompanhamento da situação do sistema; promover a conservação e racionalização do consumo; preparar um programa de racionalização do consumo”, disse.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que, nas simulações de clima e vazão de rios feitas pela entidade, não foi identificado risco de desabastecimento de energia em 2014. Ele informou que os problemas climáticos que estavam causado problemas nas usinas no Sudeste e Centro-Oeste têm melhorado desde a segunda metade de fevereiro.

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