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Entrada de venezuelanos no Brasil quase triplica em meio a conflitos

848 venezuelanos entraram em território brasileiro somente na terça, contra uma média diário que varia entre 250 e 300 entradas

Fronteira: "O governo já está trabalhando na estratégia para acolher mais pessoas" (Bruno Kelly/Reuters)

Fronteira: "O governo já está trabalhando na estratégia para acolher mais pessoas" (Bruno Kelly/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de maio de 2019 às 16h14.

São Paulo - O número de venezuelanos que entraram no território brasileiro praticamente triplicou na terça-feira, dia em que o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó convocou militares para derrubarem o governo de Nicolás Maduro, mostraram dados do governo brasileiro divulgados nesta quarta-feira.

De acordo com os números da Polícia Federal em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela, e divulgadas pela Casa Civil da Presidência da República, 848 venezuelanos entraram em território brasileiro somente na terça, contra uma média diário que varia entre 250 e 300 entradas.

Diante do expressivo aumento na entrada de venezuelanos no Brasil, o governo do presidente Jair Bolsonaro disse que está intensificando esforços para receber os imigrantes, incluindo com a edição de uma medida provisória que dá crédito de 223,8 milhões de reais ao Ministério da Defesa para viabilizar a assistência emergencial e o acolhimento humanitários dos venezuelanos.

"O governo já está trabalhando na estratégia para acolher mais pessoas e trabalhando no novo modelo de interiorização", disse a Casa Civil. "Além disso, ontem foram publicados decretos que estabelecem créditos suplementares para a Operação Acolhida", acrescentou.

Na manhã de terça, Guaidó divulgou vídeo nas redes sociais ao lado do também líder da oposição Leopoldo López, libertado da prisão domiciliar, no qual afirma que obteve o apoio de militares para derrubar o governo de Maduro.

Autoridades do governo, entretanto, negaram o apoio militar a Guaidó e Maduro garantiu manter a lealdade das Forças Armadas.

A situação levou a vários conflitos, principalmente na capital Caracas, e nesta quarta Guaidó convocou a população para realizar "a maior marcha da história" do país para derrubar Maduro.

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