Acidente na Colômbia: apenas um entre 22 jornalistas sobreviveu
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 11h41.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 12h00.
São paulo - Entidades representativas da imprensa nacional e catarinense lamentaram a morte dos jornalistas que estavam no voo que levava a delegação da Chapecoense até Medellín para a final da Copa Sul-Americana. O avião sofreu acidente quando se aproximava da cidade colombiana, matando ao menos 70 pessoas.
Dos 22 jornalistas presentes no voo, rumo à cobertura da partida, apenas um sobreviveu: Rafael Henzel Valmorbida, narrador da Rádio Oeste Capital, de Chapecó.
A lista de mortos tem representantes da TV Globo, RBS, Fox Sports e rádios locais de Santa Catarina. Um deles é Mário Sérgio, ex-jogador e ex-treinador, que era comentarista da Fox.
"Profundamente consternadas, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revista (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamentam a tragédia que vitimou 20 profissionais de comunicação, jornalistas e técnicos que acompanhavam a delegação da Chapecoense no avião que caiu na Colômbia na madrugada desta terça", afirmaram as entidades.
"Manifestamos pesar e ampla solidariedade aos familiares dos profissionais vitimados no cumprimento de suas atividade, bem como aos demais passageiros e tripulantes do voo. Neste momento de luto, as associações se unem também à dor de todos os brasileiros", declaram.
A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) destacou a importância dos jornalistas na ascensão da Chapecoense no futebol brasileiros nos últimos dois anos. "O clube de Chapecó notabilizou-se no Brasil pela determinação com que galgou posições no cenário esportivo nacional, chegando, com muito mérito, à elite do futebol brasileiro. Essa jornada foi construída pela dedicação de dirigentes, jogadores, apoiadores e patrocinadores."
"Parcela essencial desse retumbante sucesso deve-se aosprofissionais de imprensa que, com fidelidade jornalística, registraram para o mundo e para a História a edificante trajetóriada Associação Chapecoense de Futebol."
A Fox Sports, que transmitia a Sul-Americana, levava seis profissionais ao todo para a cobertura do primeiro jogo da final. Além de Mário Sérgio, tinha Victorino Chermont, Rodrigo Santana Gonçalves, Davair Paschoalon (Deva Pascovicci) e Lilacio Pereira Júnior, Paulo Clement.
Da Globo, estavam no voo Guilherme Marques, Ari de Araújo Junior e Guilherme Lars, além de Laion Machado Espíndola, do GloboEsporte.com. Do Grupo RBS, de Santa Catarina, os jornalistas Djalma Araújo Neto e André Luis Goulart Podiacki.
Além disso, havia oito radialistas: Renan Carlos Agnolin, Fernando Schardong, Edson Luiz Ebelliny, Gelson Galliotto, Douglas Dorneles, Jacir Biavitti e Ivan Carlos Agnoletto, além de Rafael Henzel, que sobreviveu ao acidente.