Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante investigações da Operação Esopo em março de 2013 (Divulgação/Polícia Federal de Minas Gerais)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 00h05.
Brasília - A entidade investigada pela Operação Esopo por desvios de recursos públicos do Ministério do Trabalho firmou convênios de R$ 9 milhões com outras quatro pastas: Ciência e Tecnologia, Turismo, Cultura e Desenvolvimento Agrário. Segundo a Polícia Federal, o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC) funcionava como uma central de fraudes em parcerias com governos.
Do montante conveniado pelas quatro pastas, R$ 2,1 milhões foram efetivamente pagos. Com o Turismo, o IMDC firmou convênios no valor de R$ 7,2 milhões, dos quais R$ 1,9 milhão foi liberado, segundo o Portal da Transparência do governo. Todos os repasses foram feitos entre 2008 e 2010, mas não houve prestação de contas até o momento. Os convênios são para elaboração de pesquisas e eventos.
Os ministérios da Cultura e do Desenvolvimento Agrário também liberaram recursos para o IMDC. Este último, R$ 144,5 mil para convênio iniciado em 2008 e concluído em março deste ano, no valor de R$ 194 mil. Também não houve prestação de contas em definitivo. Da mesma forma, a Cultura ainda não deliberou sobre a regularidade de convênio de R$ 89,9 mil encerrado há quase quatro anos. O objetivo do repasse seria uma "expedição do Oiapoque ao Chuí". A pasta de Ciência e Tecnologia firmou, ainda, convênio no valor de R$ 1,5 milhão para a entidade revitalizar pontos de inclusão digital. A parceria foi aprovada em 2010, mas os recursos não foram liberados.