Comunidade LGBTI: ataques aumentaram em escalada da violência política no Brasil (Navid Baraty/Getty Images)
Guilherme Dearo
Publicado em 22 de outubro de 2018 às 17h19.
São Paulo - A escalada da polarização nas eleições 2018 tem gerado um número sem precedentes de ataques de motivações políticas. Apoiadores de Bolsonaro realizaram, pelo menos, 50 ataques pelo País, por exemplo. Também houve casos ligados a apoiadores do PT.
O aumento dos casos de violência tem preocupado, em particular, a comunidade LGBTI. Um game criado por um apoiador de Jair Bolsonaro, por exemplo, incita o jogador a matar gays. Também há relatos de ataques a travestis em cidades brasileiras.
Pensando nesse cenário de urgência, a entidade Aliança Nacional LGBTI+ criou uma plataforma para denúncias de ataques. A ferramenta entrou no ar no último sábado (20). As informações compartilhadas na plataforma são enviadas a autoridades de direitos humanos.
É possível acessar a plataforma aqui.
Segundo a entidade, a plataforma continua no ar, mesmo após o fim das eleições, e os dados são sigilosos. A Aliança LGBTI+ também sugere que vítimas façam um boletim de ocorrência.
Entre o final de setembro e 18 de outubro, portanto antes do lançamento da ferramenta, a entidade já tinha recebido 26 denúncias de ataques. Eles foram relatados à Procuradoria Geral da República, ao Ministério dos Direitos Humanos, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).