Bolsonaro: tratamento clínico inclui antiinflamatórios e uso de sonda (Ueslei Marcelino/Reuters)
Carla Aranha
Publicado em 15 de julho de 2021 às 17h55.
Os próximos dois ou três dias deverão ser essenciais no tratamento médico do presidente Jair Bolsonaro, internado desde quarta-feira, dia 14, à noite no hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, devido a uma obstrução intestinal.
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"A primeira opção de tratamento em situações de suboclusão intestinal, como parecer ser o caso do presidente, é de medidas clínicas, que constitui a conduta adotada até o momento, com um monitoramento cuidadoso. A resposta do organismo nos primeiros dias é importante para determinar a evolução do quadro, no qual a cirurgia não costuma ser a primeira opção", diz o médico Matheus Franco, chefe do departamento de gastroenterologia da unidade do hospital Sírio Líbanês de Brasília.
O paciente costuma receber antiinflamatórios e antibióticos, para evitar infeções por qualquer eventual passagem de bactérias presentes no intestino para a corrente sanguínea. Além disso, permanece em jejum oral e hidratação intravenosa."As barreiras naturais ao escape de bactérias para o sangue ficam menos consistentes quando há obstruções", explica Franco.
O uso de uma sonda de descompressão é outro importante aliado do tratamento. O objetivo é que eventuais aderências ou outros problemas prejudiciais ao fluxo intestinal sejam reduzidos, permitindo a retomada do bom funcionamento do órgão.
Segundo o hospital Vila Star, Bolsonaro vem "evoluindo de forma satisfatória clínico e laboratorialmente".
O presidente sofreu um atentado a faca durante a campanha presidencial, em 6 de setembro de 2018, e teve traumatismo abdominal. Desde então, o presidente passou por cinco cirurgias na região do abdômen. A última foi realizada no dia 25 de setembro no ano passado, quando retirou um cálculo na bexiga. No mesmo período, precisou tratar uma hérnia situada no lado direito da parede abdominal.
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