São Paulo - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira 85 mandados judiciais dentro da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro ligado à Petrobras.
Os mandados são cumpridos no Distrito Federal e outros cinco estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco.
Entenda quem são os alvos da PF e o que está sendo investigado na operação:
Quais são os alvos da Polícia Federal?
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes de grandes empresas. Há também mandos de prisão para executivos. Nove empresas são investigadas: Odebrecht , Mendes Júnior, UTC Engenharia , OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e Iesa.
Foram presos, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o diretor-superintendente para a área de petróleo e gás da empreiteira, Agenor Mendeiros; o presidente da UTC/Constran, Ricardo Pessoa; e o vice da Engevix, Gerson Almada.
O ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, também foi preso.
Qual o motivo das prisões?
Os mandados fazem parte da sétima fase da Operação Lava Jato. Iniciada em março deste ano, a operação investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, as empresas investigadas têm R$ 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.
Como estão as investigações sobre esse assunto?
Personagens importantes envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras estão tentando um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
O ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, já teve seu acordo aprovado pela Justiça. O doleiro Alberto Youssef também busca o acordo. No total, além do ex-diretor Paulo Roberto Costa, cerca de dez pessoas têm colaborações em curso.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, há executivos de empresas, servidores e doleiros no processo de delação.
Ação da PF na Operação Lava Jato teve 17 presos
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1. Lava Jato
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1/10 (Divulgação/ Polícia Federal)
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2. Odebrecht
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2/10 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras. “A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa. A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
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3. UTC Engenharia
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3/10 (Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
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4. OAS
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4/10 (Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
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5. Engevix
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5/10 (Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
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6. Galvão Engenharia
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6/10 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
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7. Queiroz Galvão
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7/10 (Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota: "A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
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8. Camargo Corrêa
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8/10 (Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota: “A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
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9. Mendes Junior
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9/10 (Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
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10. Iesa
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10/10 (Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.