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Ensino médio noturno pode ficar mais longo

Mudança depende da aprovação das novas diretrizes de educação básica no Conselho Nacional de Educação

O objetivo é flexibilizar a grade por conta de atrasos dos estudantes e pela dificuldade de mantê-los na escola por quatro horas (Kiko Ferrite/Exame)

O objetivo é flexibilizar a grade por conta de atrasos dos estudantes e pela dificuldade de mantê-los na escola por quatro horas (Kiko Ferrite/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 10h49.

São Paulo - O ensino médio noturno pode durar mais tempo. Se as novas diretrizes para essa etapa da educação básica forem aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) amanhã, o aluno que estuda à noite poderá ficar de um semestre até um ano a mais na escola. A ideia é que ele tenha menos horas de aula por dia, com a possibilidade até mesmo de explorar recursos de educação à distância no currículo.

A proposta é uma das que compõem o documento que pretende flexibilizar o currículo do ensino médio, trazendo a escola para dentro da rotina do aluno e, assim, tornando-a atraente. Com isso, o conselho quer valorizar o projeto político-pedagógico e a identidade de cada escola.

O ensino médio é hoje a etapa mais problemática da educação brasileira. Além de boa parte dos alunos apresentar baixo desempenho escolar, o ensino médio enfrenta uma evasão crônica. Dados de 2009 mostram que 32,8% dos brasileiros entre 18 e 24 anos abandonaram os estudos antes de completar o terceiro ano.

"No caso do ensino médio noturno, sabemos que é difícil manter o aluno quatro horas por dia na escola, pois muitos chegam atrasados do trabalho e saem antes do fim da aula. Por isso, flexibilizar essa grade é importante", afirma José Fernandes de Lima, relator das diretrizes e membro da Câmara de Educação Básica do CNE. "Isso dará ao aluno a possibilidade de concluir essa etapa em três anos e meio, quatro anos ou até mais." Hoje, o ensino médio dura três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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