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Ensino fundamental perde 1,8 milhão de alunos em 5 anos no Brasil

Censo também aponta queda de matrículas no ensino médio. Expansão ocorreu apenas nos estabelecimentos infantis

Números do Censo Escolar repassados à imprensa indicam que a estrutura física é um dos gargalos da educação (Germano Luders/Exame)

Números do Censo Escolar repassados à imprensa indicam que a estrutura física é um dos gargalos da educação (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 12h32.

Brasília - O número de crianças e adolescentes nas escolas públicas e privadas brasileiras caiu nos últimos cinco anos.

Dados do Censo Escolar 2017, apresentados nesta quarta-feira, 31, pelo Ministério da Educação, mostram uma queda global de 45 milhões para 43,7 milhões de matrículas, na comparação com 2013.

As reduções ocorreram no ensino fundamental (queda de 1,8 milhão de matrículas) e no ensino médio (383 mil).

Só ocorreu expansão de matrículas nos estabelecimentos infantis, que registraram um aumento de 902 mil matrículas, chegando a 8,5 milhões no ano passado.

A evolução reflete uma mudança na legislação em 2016, que tornou obrigatória a presença de 100% das crianças de 4 e 5 anos em escolas.

Os números do Censo Escolar repassados à imprensa indicam que a estrutura física é um dos gargalos da educação. Um porcentual de 61,1% das creches não têm banheiro adequado à educação infantil.

No ensino fundamental, o levantamento registrou escolas sem vasos sanitários (8,2%), salas de leitura e bibliotecas (45,7%) e laboratórios de ciências (88,5%).

Os problemas de estrutura ocorrem também no ensino médio. Nessa etapa, há escolas sem água da rede pública (10,7%), biblioteca (12%), banheiro adequado para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida (37,%) e laboratórios de ciências (54,6%).

Uma análise dos dados indica que há deficiências tanto na rede pública quanto na privada. Os problemas de estrutura são mais acentuados nas escolas municipais.

Na questão da falta de biblioteca no ensino fundamental, por exemplo, as escolas federais estão em melhor situação (95,7% têm salas de livros) - as escolas particulares aparecem com 82,2%, seguidas das estaduais (81,1%) e das municipais (38,9%).

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