Idosos de mãos dadas: segundo ministra, nos últimos dois anos, das mais de 50 mil denúncias recebidas pelo Dique 100 relacionadas a maus-tratos contra os idosos (AFP / Sebastien Bozon)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 15h23.
Brasília - O enfrentamento à violência contra o idoso deve ser uma tarefa não apenas dos governos, mas também de toda a sociedade, defendeu hoje (2) a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Durante comissão geral na Câmara dos Deputados para discutir a violência contra o idoso no Brasil, a ministra fez um apelo para que as famílias participem da luta pela melhoria na qualidade de vida dessa parcela da população.
Quero fazer um apelo para que sociedade, as famílias tomem para si a causa dos idosos”, discursou a ministra.
Segundo ela, nos últimos dois anos, das mais de 50 mil denúncias recebidas pelo Dique 100 relacionadas a maus-tratos contra os idosos, a maioria foi relacionada à negligência no cuidado com os mais velhos.
“O perfil das denúncias indica que o maior número de vítimas são mulheres e têm entre 76 e 80 anos de idade”, frisou Maria do Rosário.
De acordo com a ministra, o Brasil está passando por uma “grande e rápida mudança” no perfil etário da sua população.
“A mudança que o Brasil tem hoje, em termos de envelhecimento da população, na Europa esse processo demorou 100 anos. Já no nosso país ocorrerá em 40 anos. Estamos vivendo mais, mas o desafio é viver mais, com qualidade de vida.”
Durante o debate sobre a violência contra o idoso, diversos deputados defenderam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555 de 2006, que acaba com a contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos.
“Essa contribuição também é uma violência contra o idoso”, avaliou o deputado Faria de Sá (PTB-SP).