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'Enem' dos concursos públicos: nove ministérios já adotaram prova unificada; veja como funciona

Pastas têm até o dia 29 de setembro para manifestarem interesse em aderir à prova, que tem data provável para ser aplicada no dia 25 de fevereiro de 2024

Esplanada: ministerios adotaram Concurso Nacional Unificado para vagas.  (kali9/Getty Images)

Esplanada: ministerios adotaram Concurso Nacional Unificado para vagas. (kali9/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de setembro de 2023 às 15h09.

O Concurso Nacional Unificado, a prova única lançada pelo governo federal que tem sido chamada de “Enem dos concursos públicos”, já conta com a adesão de nove ministérios e uma agência reguladora, segundo o Ministério da Gestão, que organiza o novo sistema. As pastas têm até o dia 29 de setembro para manifestarem interesse em aderir à prova, que tem data provável para ser aplicada no dia 25 de fevereiro de 2024.

Entre os órgãos que aderiram, estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Previdência Social, além da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Ao todo, serão oferecidas 5.151 vagas .

Segundo o governo federal, esse modelo unificado irá agilizar a contratação de servidores após a perda de 73 mil funcionários públicos ao longo dos últimos seis anos. A ideia também é tentar democratizar o acesso às vagas públicas a partir da dispersão geográfica na realização do concurso, com aproximadamente 180 cidades listadas como locais de aplicação de prova, além de racionalizar os custos.

Nesta quarta-feira, dia 20, será criado um comitê para a organização do concurso e do edital, que deve ser publicado em 20 de dezembro, de acordo com o cronograma divulgado pelo governo federal.

Como vai funcionar o concurso Nacional Unificado?

A prova será aplicada em 179 municípios brasileiros. De acordo com o Ministério da Gestão, para seleção das cidades, foram considerados fatores como densidade populacional, facilidade de acesso e raio de influência de regional de cidades médias a grandes, delimitando municípios com mais de 100 mil habitantes e 50 mil habitantes, no caso específico da região Norte do País.

No momento da inscrição - ainda sem data - os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis no certame. Depois desta escolha, os candidatos deverão indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.

O local de atuação para cada vaga estará disponível quando houver um desenho completo da distribuição das oportunidades, segundo José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas, que adiantou que a maioria provavelmente será exercida na capital federal.

“Grande parte das vagas estão destinadas a Brasília mesmo, que são órgãos da administração central [...] Alguns órgãos como Ibama, IBGE, Funai, INSS, a gente sabe que têm escritórios regionais”, disse o secretário em live realizada no dia 1º de setembro. “O candidato não vai prestar a prova pré-escolhendo o local onde vai exercer a função, isso vai ser uma escolha que se dará depois, em função de sua classificação e em função da disponibilidade de lugares onde esse exercício poderá acontecer” acrescentou.

O concurso será dividido em dois momentos na mesma data (prevista para ser dia 25 de fevereiro): sendo o primeiro prova objetiva comum a todos os candidadtos, e o segundo provas específicas e dissertativas por blocos temáticos. Os resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até o final de abril de 2024.

“A prova é num único dia com provas objetivas específicas, inclusive a dissertativa por área de atuação. Depois de computadas as notas dessas provas, é que se aplicam sobre as notas as pontuações específicas que cada órgão ou carreira quiser agregar em termos de titulação acadêmica e de perfis de experiências. Isso já é de praxe, os órgãos já fazem isso nos concursos tradicionais e vão continuar podendo fazer”, disse Cardoso.

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