Enem 2023: Enem é corrigido através da Teoria de Resposta do Item (TRI). Nessa metodologia, o modelo aplicado ao Enem considera três parâmetros para cada item
Agência de notícias
Publicado em 13 de novembro de 2023 às 07h30.
Última atualização em 13 de novembro de 2023 às 07h30.
Com o fim da aplicação do Enem 2023, fica a ansiedade para saber a nota. A prova, por conta de um sistema antichute, impossibilita que estudantes possam estimar seus resultados antes da divulgação oficial, que só é liberada em 16 de janeiro de 2024. O GLOBO, então, produziu uma ferramenta capaz de estimar uma possível nota dos inscritos para dar uma luz aos candidatos.
Nele, você só precisa inserir abaixo a quantidade de acertos que teve no Enem 2023 (veja o gabarito extraoficial de O GLOBO aqui) para ver uma estimativa do seu resultado. Depois, ainda é possível saber qual foi a nota de corte do curso que você deseja no Sisu 2022 (veja aqui).
O Enem é corrigido através da Teoria de Resposta do Item (TRI). Nessa metodologia, o modelo aplicado ao Enem considera três parâmetros para cada item. A partir daí, os itens são posicionados em uma escala de dificuldade, e a proficiência (a nota) do candidato é estimada a partir da combinação do nível de dificuldade das perguntas com a coerência das respostas dos estudantes.
Nessa metodologia, o modelo aplicado ao Enem considera três parâmetros para cada item. A partir daí, os itens são posicionados em uma escala de dificuldade, e a proficiência (a nota) do candidato é estimada a partir da combinação do nível de dificuldade das perguntas com a coerência das respostas dos estudantes.
Quem erra as questões mais fáceis, mas acerta as difíceis pode acabar ficando com uma nota menor do que quem acertou as perguntas mais fáceis e errou as difíceis. Essa é uma forma de não premiar os chutes. Isso porque, se o candidato acertar as questões mais difíceis e errar as fáceis, o sistema poderá entender que ele deu sorte nas respostas.
Ou seja, o resultado do Enem não depende apenas da quantidade de questões que o aluno acertou, mas do nível de dificuldade delas e da coerência pedagógica do conjunto de respostas do candidato. Assim, um candidato pode ter mais acertos em uma prova e mesmo assim tirar uma nota menor do que seu colega que teve menos questões corretas. No ENEM 2022, por exemplo, houve candidato que, com 33 acertos teve nota 907,5, superior a um candidato que, com 41 acertos, obteve nota 896,3. Além disso, dois inscritos com o mesmo número de questões certas podem tirar cerca de 300 pontos de diferença. Os dois casos são extremos e raros, mas acontecem.
Estatístico formado pela UnB com mestrado profissional em Matemática também pela UnB sobre TRI, o professor Frederico Torres, levantou nos microdados do Enem a pontuação máxima, média e mínima de cada item da prova de 2022 por patamar de acerto.
— Por exemplo: na prova de matemática de 2022, 7.516 alunos acertaram 30 questões. Desses, a menor nota foi 759,1. A maior nota foi 878,5. E a média foi 826,17 — explicou Torres, criador do curso Mente Matemática. — Mas os valores extremos são os pontos fora da curva. São pessoas que tiveram uma coerência (da TRI) muito boa ou muito ruim.
A maior parte dos casos, cerca de 70% dos candidatos, obtém um resultado entre a nota média mais um desvio padrão e a nota média menos um desvio padrão.
Segundo ele, neste caso, o desvio padrão foi de 17 pontos. Isso significa que a maioria dos alunos (cerca de 70%) com 30 acertos em 2022 teve notas entre 809 e 843.
É essa faixa de nota que a calculadora exibe aos candidatos para cada número de acerto e de cada prova. Com isso, é possível ver quanto os candidatos de 2022 tiraram de acordo com o número de questões acertadas