Enel: Distribuidora com 23,6% de participação do governo italiano (Enel/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 20h12.
Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 20h13.
Segunda maior distribuidora de energia elétrica do Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Enel é uma empresa italiana com capital misto. O governo italiano é um dos principais acionistas, com 23,6% de participação.
Fundada em 1962 como estatal, a Enel foi criada para integrar pequenas empresas e garantir o fornecimento de energia para toda a Itália. Seu nome é uma sigla para Ente Nazionale per l’Energia Elettrica (Entidade Nacional de Energia Elétrica). Segundo a própria empresa, o objetivo era “fornecer energia elétrica de forma eficiente e acessível a todos os italianos”.
O processo de privatização da Enel teve início nos anos 1990, e em 1999, ela abriu seu capital para investidores privados. Apesar dessa abertura, o governo italiano manteve uma participação relevante, de 23,6% das ações.
O restante do capital está dividido entre investidores institucionais (58,6%) e pequenos investidores de mercado (17,8%).
A abertura ao mercado permitiu que a Enel captasse recursos para expandir suas operações globalmente.
Hoje, a companhia possui negócios na Espanha, Brasil, Chile, Estados Unidos, entre outros mercados estratégicos.
Em 2018, a Enel assumiu o controle da distribuição de energia elétrica na cidade de São Paulo. A aquisição ocorreu após a empresa vencer um leilão na Bolsa de Valores, adquirindo a AES Eletropaulo por R$ 5,5 bilhões.
A AES Eletropaulo já havia passado por uma série de reestruturações:
Hoje, a Enel é a maior distribuidora de energia da capital paulista.
Mesmo com sua privatização, o governo italiano mantém uma presença estratégica na Enel. Isso faz com que a empresa funcione como uma companhia de capital misto: parte pública e parte privada.
A operação mista da Enel reflete uma estratégia de longo prazo do governo italiano, que busca manter influência em setores essenciais, como o de energia, enquanto aproveita a dinâmica do mercado para financiar sua expansão.