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Enel afirma que ainda não tem prazo para restabelecimento total da energia em São Paulo

Para a Aneel, o número de funcionários que a Enel havia prometido alocar para lidar com apagões não foi atingido e o ritmo de reação está aquém do esperado

Mateus Omena
Mateus Omena

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Publicado em 13 de outubro de 2024 às 21h43.

Última atualização em 14 de outubro de 2024 às 10h19.

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Em reunião no final do domingo, 13, a Enel informou que ainda não estabeleceu um prazo para o restabelecimento total do fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados em São Paulo e em outros municípios do estado.

Para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a resposta da Enel ficou abaixo do esperado. Os dirigentes da Aneel e da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arcesp) afirmaram que o número de funcionários que a Enel havia prometido alocar para lidar com apagões de grandes proporções não foi atingido e o ritmo de reação está aquém do esperado.

Após o apagão de 3 de novembro do ano passado, quando a região metropolitana teve mais de 2 milhões de clientes afetados, a empresa enviou às autoridades um plano de contingência que lhe foi solicitado detalhando como agiria em situação semelhante, caso voltasse a ocorrer.

Thiago Veloso, diretor da Arcesp, disse que o tamanho das equipes que a Enel prometeu colocar em campo para lidar com a situação não havia sido atingido até hoje, mais de dois dias depois do início do apagão causado por uma tempestade.

"O plano de contingência apresentado para a Aneel e Arcesp em função do que aconteceu em 3 de novembro do ano passado envolvia 2.500 pessoas num cenário de contingência extrema, como esse que estamos vendo agora. Esse número ainda não foi alcançado. Nós temos hoje de 1.700 a 1.800 pessoas."

Segundo o diretor da agência, na verdade o serviço apresentado hoje foi mais lento do que o da última tempestade.

O que diz a Enel

Guilherme Lencastre, presidente da Enel no Brasil, afirmou que o contingente de 2.500 trabalhadores será atingido na segunda-feira, três dias depois da ocorrência do apagão inicial.

A empresa está formando uma força tarefa com outras concessionários que operam em outras áreas do estado, que fornecerão equipes extras, de 400 funcionários.

Nesta reunião, iniciada às 18h, foram avaliados os cenários de atendimento em cada localidade e área de atuação, as ações até então tomadas e aquelas planejadas no curto prazo, as equipes mobilizadas, os recursos materiais e humanos disponíveis, inclusive com possibilidades de compartilhamento entre as empresas, e a previsão de restabelecimento.

Falta de energia

Depois de três dias do vendaval de até 107km/h que atingiu a capital e a região metropolitana na última sexta-feira, 537 mil moradores da Grande São Paulo seguem sem luz neste domingo. Na capital, cerca de 354 mil casas estão sem energia. Os bairros mais afetados são Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís.

Além da capital, os municípios mais impactados neste momento são: Cotia, com 62 mil clientes sem energia, São Bernardo do Campo com 47 mil e Taboão da Serra com 44 mil.

Falta de água

Afalta de energia elétrica decorrente do temporal ocorrido na noite de sexta-feira ainda impacta o abastecimento de água em várias regiões da Grande São Paulo. Ao menos oito bairros da capital e quatro municípios seguem afetados, segundo nota divulgada pela Sabesp.

Com Agência O Globo

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