José Maria Marin: o ex-presidente da CBF nega ter recebido qualquer dinheiro indevido (REUTERS/Sergio Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de novembro de 2017 às 17h32.
Nova York - O empresário Alejandro Burzaco disse no Tribunal do Brooklin, em Nova York, nesta quinta-feira, que pagou US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 8,8 milhões) ao ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Burzaco afirmou também que Marin ganharia outros R$ 6 milhões se o esquema de fraude para obtenção de direitos de transmissão de competições, como a Copa Libertadores e o torneio Copa do Brasil, não tivesse sido descoberto.
O argentino, ex-executivo da empresa Torneos y Competencias, é uma testemunha-chave no processo da Justiça norte-americana contra o ex-presidente da CBF.
Burzaco disse também que a empresa pagou US$ 4,5 milhões em suborno (R$ 17 milhões) ao ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout, além de US$ 3,6 milhões (R$ 11,8 milhões) ao ex-presidente da Federação Peruana, Manuel Burga.
O dirigente peruano, aliás, teve os termos de sua prisão domiciliar revistos pela juíza Pamela Chen, depois de ter ameaçado o empresário argentino durante a sessão de segunda-feira do tribunal. As condições da prisão ficaram mais duras.
Presidente da CBF entre os anos de 2012 e 2014, José Maria Marin tem negado ter recebido qualquer dinheiro indevido.